Porta Fechada
No corredor comprido ela se impõe.
Lisa, sem brilho ou qualquer indicação.
Além dela, nada se sabe.
Um dia de sol, muitas noites de frio?
Quem sabe outros tantos amigos,
Talvez apenas a solidão.
Uma porta qualquer.
Branca e sem decisão.
O fim do passado, o começo de algo
Uma grande interrogação?
Não sei.
O corredor é tão frio quanto ela.
Conduz a nada, a lugar algum.
Penso nas imensas janelas de vidro que como muralhas
Mostram tantos outros caminhos.
Basta enxergar,
Mudar esta cor dos olhos.
Mas a porta, a maldita...
Insiste na pergunta.
Nada de novo até agora.
Há dois céus azuis lá fora. Um de cada lado.
E o começo de uma nova estação.