Faça-se a Luz!
Nada é mais excitante que a inteligência exercida com maestria.
Nada é mais apaixonante que as falas precisas e cortantes.
O argumento é instigador.
A discordância com clareza e os questionamentos que embriagam.
Os momentos, aqueles de filosofia de boteco, sempre foram férteis.
Despertam o fogo do desafio e o deslumbramento pela diversidade de opiniões e do exercício da dialética.
Ah, sim, os perfumes dos vinhos de discussões e revelações analíticas das almas inquietas.
Fazem luz hoje às sombras da quietude e da tranquilidade.
A rebeldia e a avidez por saber, ouvir e dizer, não se dilui com o tempo e nem com a marcação cerrada do silêncio que espera por ordem neste caos em ebulição.
Ao contrário, ele, este tal silêncio é constrangedor.
Amarras as almas que fazem e fizeram diferença na criação dos mundos.
Não há nada de novo nesta rotina de estabilidade. Nada se cria, nada se perde, porém, neste caso, também nada se transforma. E então cansa.
Cansa pela mesmice. Cansa pela infertilidade. Cansa pela superficialidade. Cansa pela ausência do desafio.
Então que venha o verbo gerador, esmiuçador e libertador.
Palavras de calor fluindo na correnteza desta criação de mundos.
Há vida nesta batalha de verve!
Sem ela, acena a aridez do mesmo de todos os dias.