Referem-me
O mundo caducou e nós, poetas, continuamos insistindo no frescor e na vitalidade das palavras, no brilho da seda de Colassanti para tecer as velas das embarcações sem rumo de Cecília.
Ainda assim, nestes tempos que escorrem pelos nossos dedos cabem os versos de quem morre de desencanto e que levam leitores ao pranto, ouvir e dizer de estrelas não é nenhum absurdo. Mas nada exclui a urgência das palavras vivas que façam despertar os homens, é necessário falar dos homens aos homens.
Somos completos fingidores capazes de fazer acreditar serem flores os nossos próprios dissabores, o verso é a ferramenta que temos para tentar aplacar todas as dores do mundo.
Em gratidão aos mestres cujos versos fertilizaram nossos pensamentos.
Referência à obras de Carlos Drummond de Andrade, Marina Colassanti, Cecília Meireles, Olavo Bilac, Manuel Bandeira e Fernando Pessoa.
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