PARA ONDE VAMOS DAQUI?
A descoberta da ciência busca afirmar o que é, enquanto a cultura inventada versa sobre alternativas de uso
A maior realização humana, a palavra, que traz em seu seio o enigma extremo do significado insolúvel, salientando a curiosidade, formulou a informação que criou a realidade, tornando-as indistintas, ao ponto de não termos um conhecimento operacional para diferenciar a realidade da informação, apelando à necessidade de criar um conceito metafórico abrangente classificando-as como as duas faces da mesma moeda, que tome como base a implausível dualidade de sinônimos.
Embora pareça uma simplificação, há algumas coisas que, quando você entende ao nível realmente profundo substituem palavras, se tornando em ideias ágeis facilmente articuladas, e não um simples monólogo interpretativo.
Nosso sistema nervoso já tresdobrado e amplo para tanger o conjunto de fibras sensitivas de nosso corpo e as sinapses de um mundo em mudança e desordenado, é dilatado, no nível mais básico, pelo efeito co-evolutivo da ‘internet’.
Os processos mínimos que juntos integram e afetam culturalmente a estrutura de maior dimensão que reúne muitos elementos de todo o complexo de conhecimento, seu conteúdo e sua evolução, incluindo o processo psicológico que ocorre no cérebro das pessoas e as alterações que elas causam em seu meio ambiente quando conversam, em conjunto com as diferentes direções que escolhem quando interagem, são evidentes à atenção.
É difícil não perceber a convergência atributiva dos provedores de conhecimento que abraçam a hipótese simplicista de que a transmissão de conhecimento entre pessoas ocorre, meramente, em um processo de replicação que valida a imitação e a comunicação repetitiva como servidores de um sistema de duplicação vigoroso, que, ao mesmo tempo, parece representar um conjunto intelectualmente tendencioso e organizado de transmissão distorcida, intencional ou inconscientemente, em prol do poder e de interesses sociais.