Meu futuro, minhas escolhas.

Sabe quando se tem 5 anos e sua família lhe pergunta: “O que você quer ser quando crescer?” e, de repente, você não tem essa resposta, seja porque ainda é muito novo e nem sabe o que seria esse “quando crescer”, ou então porque essa pergunta faz com que lhe venha a mente um milhão de profissões e você começa a falar de cada uma delas enquanto seus parentes sorriem e lhe dizem que você tem tempo para decidir. Mas e se você tem essa resposta? Se você, por qualquer motivo, aos 5 anos já decidiu o que quer pro seu futuro. Você conta a eles a sua decisão e, bom, eles podem já tentar mudar sua opinião, trazer você para a profissão dos seus pais, uma que dizem ser melhor pra você, combina mais, lhe dará mais dinheiro, garantirá o seu futuro, ou lhe abrem um sorriso enorme, dizem que seu sonho é lindo, e que você deve persegui-lo, se esse for o caso é assim que você faz.

Aos 7, 9, 11 anos, lhe fazem novamente essa pergunta e você toda confiante mostra que em seu sonho nada mudou. Nos 13, não se sente mais tão a vontade com essa pergunta, talvez por tê-la respondido tantas vezes, e agora diz que seu sonho continua o mesmo só pra ouvir o quanto estão felizes pelo que decidiu e o quanto é bonito que tenha esse sonho até hoje, mas internamente está o tempo todo se dizendo “você tem tempo pra decidir”. E no momento seguinte está com 17, véspera de vestibular, e já não se sente confiante da sua resposta de 12 anos atrás. Talvez todo esse tempo tenha corrido atrás de algo que não é pra você, mas a essa altura não há mais tempo pra pensar, e você não quer ouvir de sua família “e o seu sonho?”.

Se você sabe o que é isso, digo-lhe apenas que não deixe ninguém escrever o seu futuro, seja o dono do seu futuro, escreva-o nas linhas que quiser, com a caligrafia que achar melhor, na folha que mais lhe agradar. Pelo menos é isso que estou fazendo.

Mariana Menezes
Enviado por Mariana Menezes em 20/01/2018
Código do texto: T6231692
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