CRITICA E ARTE: LITERATURA E MUNDO À VISTA. J B Pereira 08/01/18.

“É preciso somar e edificar e não estacionar...” Dizia minha esposa.

“O que se ama fica eterno.” Adelia Prado

Não importa de onde vem e sim por que vem. A intenção é boa se confirmada na boa ação. J B Pereira

Poesia destila quase tudo, mistura quase nada, revive os absurdos, rememora o desprezado, ecoa o longe, miniturariza o perto, sinzeliza a curva do rio, prudencia a névoa e a reta de perigos disfarçados, repica o sino da saudade, cala o soberbo em sua maldade, viaja em mundos paralelos e os pulveriza em esquecimentos e errâncias ...

Memorizar é singularidades que ecoam em partilhas de repente, entre subjetividades paradoxais, sem as quais nem nada de literatura sobreviveria. O que nos torna humanos é ter compaixão; desumanos é perde-la.

Tudo depende do estado de espírito, alimentado pelo amor e verdade que leve a compaixão, vida e caminhos de edificar os outros.

A arte é uma dimensão de a humanidade dizer o que é e o que quer - firmava G. Bachelar. A arte não morre. Se morrer, o homem com ela morre. Literatura é uma forma de estar no mundo entre quatro paredes – entre folhas de um livro e no home page. Nem todos fazem arte, mesmo que reconheçamos ser artistas interiores. O homem marcou sua primeira impressão de mundo nas pinturas rupestres. Depois em totens, estátuas, desenhos em papiros, monumentos, documentos. Vieram o cantigas, gregoriano, rock, blues, performances e happenings.

Critica é um olhar curioso, ético, ponderado, intrigante, sobre potencialidades e limitações de um autor a partir de sua visão e formação.

A dialética exige um equilíbrio moral e psíquico entre os extremos do gótico e kitsch, gosto e o objetivo, clássico e o moderno. Contra o monopólio e o repetitivo, o moralismo e populismo na arte. Entender a escritura em seu contexto estético, seu prazer e sua irreverência talvez. A mímeses desafiando a imitação. Tudo depende de um olhar criterioso e saudável possível. Ninguém está imune ao defeito e ao equivoco no julgar. As vanguardas nos surpreenderam; o modernismo escandalizou... Pop ar, body art, não se pode mais fazer lista de livros proibidos... A Emoção é educada; a sensibilidade é despertada; a leitura provocada; a ciência não é absoluta, a arte é necessária, a poesia não pode faltar... ; o antepassado sobrevive em nossas ideologias e a história é construção que elegemos para nos guiar e não podem nos manipular como querem alguns. Precisamos de cartases libertadoras... A arte – por mais paradoxal que seja - não pode ser conivente com o ódio, racismo, xenofobia, egoísmo... As artes precisam de uma meta-arte para sobreviver: filtro e liberdades de criação para relativizar preconceitos e superar erros das nações. Ética cabe em qualquer dimensão! Fé não faz mal desde que não se reduza a fanatismo.

UMA HISTÓRIA DA LEITURA – Alberto Manguel - comentário de J B Pereira - Interessante leitura!

Recomendo:

- Os leitores silenciosos;

- O Livro da Memória;

- O aprendizado da leitura;

- Leitura intramundo;

- roubo de livros;

- O autor como escritor;

-O louco dos livros.

https://www.recantodasletras.com.br/resenhasdelivros/6186474

J B Pereira
Enviado por J B Pereira em 08/01/2018
Código do texto: T6220651
Classificação de conteúdo: seguro