A neblina
Absorvendo a beleza da cidade coberta pela neblina,
que hoje escondeu um sol preguiçoso.
Sente a ventania,
Observa pessoas que parecem formiguinhas
em suas idas e voltas num tão sem rumo,
apressadas,
cobertas de folhas secas, marcas de decepções,
Outras cobertas de verde, de tão esperançosas,
Cheia de metas, sem preocupações.
Raras são as que cheias de amor, guardam ilusões.
Algumas paradas no tempo
Perderam a essência, cansadas de correr,
Para elas tanto faz viver ou morrer.
No tempo nublado
A visão vai se modificando, edifícios se afastam,
Tudo se esvai
formando uma cidade distante, sonho sem nitidez,
poeira de nuvem e neblina cortada por um tímido
amor, tanto amor que restou, sem sentido.
Tantos sonhos feito tesouro, ainda em mim,
não quero ser igualzinha aquelas formiguinhas
Sem alma.
Não tenho pressa
Preciso viver...
Anoitecer assim num dia incomum, de aspirações,
deixar fluir um novo tempo, num velho mundo,
que a alma sem medo quer alcançar.
O que lhe desperta,
quando você olha o mundo,
Sentindo que algo está diferente. Não tenho tempo
para descansar, é cedo, quero viver,
depois eu descanso.