GOVERNANÇA
Todos contemos adaptações em nosso cérebro cujas funções nos capacitam a cometer atrocidades contra nossa própria espécie, não, que incidentalmente sejamos todos descendentes lineares de antepassados que assassinaram.
O mau provém de indivíduos que recusam reconhecer os lados nebulosos de sua natureza humana atribuindo-os aos modernos males da cultura, da pobreza, da patologia ou da exposição à violência na mídia, usando o situacional como meras circunstâncias atenuantes.
Buscar compreender atos humanos que infringem nossas expectativas sobre como as pessoas devem agir, recai na predisposição conhecida da inclinação maléfica, que nos remete aos séculos da perseguição, identificação e destruição de supostas bruxas durante o período de terror da Inquisição, em nome de Deus e da busca pelo mau.
A ideia de que o mau evoluiu é perigosa em várias razões, um conceito indubitavelmente considerado ruim por aqueles cujas vidas estão em perigo, se a teoria da mente assassina evoluída fosse erroneamente usada para libertar os assassinos.
Reagimos com horror e ira diante da satisfação e ganhos do infrator ao infligir sofrimento e custos às vítimas enquanto rouba e mata para seu próprio benefício, independentemente da perspectiva da vítima.
Vivemos num mundo de erros e auto decepção que exercem uma função nociva no desenvolvimento do subdesenvolvimento das ciências sociais, limitando a realização das pessoas, o atraso educacional, causando o colapso nas políticas sociais e econômicas desastrosas, criando guerras urbanas equivocadas, corrupção institucional e os erros, muitas vezes propositais, da justiça.
Diante desse condicionamento, um retrato real emerge de um jovem comum de uma cultura empobrecida e marginalizada que se reinventou tão completamente, que acabou negando seu verdadeiro eu em uma cela homofóbica, tornando-se num indivíduo com potencial distintamente misto. Este panorama de várias facetas é desencadeado por uma política desastrosamente desonesta que nos rege.