MODERNISMO
Num mundo impulsionado pela reputação onde uma das questões mais intrincadas é em quem confiar e por que acreditar, não é seguro manter uma perspectiva pluralista onde o entusiasmo leva ao dogmatismo e termina na incerteza.
Uma vez que o conhecimento está inserido na cultura humana, os preconceitos são inevitáveis, e o saber não é suficientemente autônomo para excluir os sentimentos concebidos sem exame crítico, não importa a tendência inventiva em nossa composição natural. Tampouco uma mentalidade descomprometida ou um alto nível de conhecimento pode contradizer nossas intenções ocultas.
Comumente ligações religiosas e acordos políticos são estabelecidos e examinados criticamente após sua constituição sem antes analisar outras alternativas, um processo evolutivo descuidado aos quais aderimos aprendendo na experiência a confiar e a incorporar-se aos fatos que ocorram.
Devido à influência da tecnologia, vivenciamos uma mudança fundamental na forma como as pessoas pensam, se comportam, conversa, reagem e se lembram, onde a informação é alimentada pela atenção, sustendo uma concepção em nossa compreensão, uma revolução cognitiva onde algumas ideias sucedem e outras perecem, uma estrutura fenomenal no pensamento cotidiano que decide o que é ou não válido saber. Na verdade, ainda podemos decidir o que é importante?
Pode ser que essa influência tecnológica progrida no encalço da possibilidade da previsão, uma questão do futuro que poderá impactar o conceito de livre arbítrio.
Isso nos causa uma sensação de possibilidades de limites permeáveis entre nós e os outros, e o que podemos adquirir entre nossos pensamentos e as informações que obtemos dos outros que pode modificar como pensamos.
Dado à enormidade e diversificação de informações, essa ausência de opinião assertiva ou confiança nos outros, poderia fragilizar a noção de livre arbítrio e um possível relaxamento da moralidade.
Contudo, devemos buscar uma maneira menos dramática para relatar os avanços da modernidade digital, pois, o livre arbítrio não é uma ilusão. A ilusão é a internet sem qualquer percepção ascendente meramente composta por pessoas e informações sem significado ou existência como informação no sentido vernáculo. Demais, apesar de termos adotado certos sistemas com muita rapidez e pouca reflexão, talvez, até irreversivelmente, nenhum avanço exponencial da computação irá superar a cognição humana.