RAZÃO

Para alguém que considera-se um intuicionista com um mínimo de platonismo, se conscientemente analisar a perspectiva padrão que temos da faculdade de raciocinar como um dom potencial que melhora e aperfeiçoa nossa capacidade cognitiva, poderia perceber que a função básica da razão é social, pela interação que nos proporciona com relação às formas físicas e com as mentes uns dos outros, representando o simbolismo dos outros e permitindo que outros signifiquem e ajam em nossas representações, além de proporcionar realizações coletivas.

Cultivar a razão tem ocupado a ciência, a matemática, a filosofia e outras disciplinas. Contudo, o conceito que as pessoas precisam adicionar às suas realizações não é uma descoberta científica, mas a própria ciência de buscar entender a razão sob outra luz, buscando tornar o mundo melhor lutando com problemas morais, políticos e sociais adotando procedimentos que tornem a sociedade melhor sucedida.

É parte da mentalidade de muitos que a função principal do raciocínio é ganhar argumentos. Outros acreditam, que por sermos moldados à semelhança da divindade indivisível, a razão é o instrumento no encalço do caminho da verdade.

Se confiarmos no acordo ou disciplina baseado na análise dos deveres e dos valores regidos pela moral, que parece mais confiável, arriscamos assumir o risco de confrontar uma postura consciencialista de alguém que mudaria um posicionamento interacional pondo em cheque a diferença, nossa conexão e escolha entre a deontologia e a confiabilidade, questionando a essência do relacionamento entre gostar ou confiar em alguém tomando como base somente as decisões e o que as pessoas dizem e fazem, que, na verdade, pode ser considerado uma das coisas mais importantes que fazemos como seres humanos com inferências em base observável na maneira como fundamentamos nosso julgamento de irregularidades e nossa defesa de uma moral dura e rápida em contraste da aplicação de uma alternativa mais flexível e dualista.

Obviamente, não podemos concomitantemente ter a totalidade e a consistência e, independentemente de nossas conjecturas, existe algo maior e além da observação que demonstra não haver uma teologia sem a convivência com a teodiceia, que nos propõe a assumir uma perspectiva intelectualmente honesta e informada sobre a supremacia do sofrimento, também, da alegria e conforto em nosso mundo.

Contudo, se a fundação do saber é infectada por preconceitos que facilmente contaminam a reflexão geral em torno da natureza, considerando as perdas e os ganhos de aplicar recursos pessoais, além do tempo para obter ganhos relativos à um benefício marginal, implica na insistente preocupação sobre em quem confiar e por quê acreditar, se a questão se resume no fato que não podemos afiançar uma perspectiva pluralista quando estamos incessantemente revendo o passado.

J Starkaiser
Enviado por J Starkaiser em 12/11/2017
Reeditado em 17/01/2018
Código do texto: T6169390
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