Ontem 





Ontem ouvi a noite me dizendo tantas coisas que eu não queria escutar,
por um momento pude ouvir os passos que nunca caminharam para mim. 
Às vezes existe uma calma no tempo, que pede a minha alma
para dizer dum amor, que já não grita, mas contemplando o céu,
sufoca a sua vontade.
Há um inexplicável mistério nesse querer que não cessa,
Que busca a sua imagem que vem nas ondas e suave toma conta dessa saudade que na brisa das noites sem fim, traz o seu rosto pra junto do meu,
Traz o beijo desejado, eu chego a ver voce e por mais que haja realidade nesse intenso sentimento não mata o sonho. Você está na flor,
nas gotas de orvalhos do frescor das manhãs, está na inebriante cor verde das águas do mar, está no balanço dos coqueiros escondidos
pela escuridão, me fazendo lembrar a esperança que tive,
sem admitir que perdi você... 
O vento que passa por entre os meus dedos sedentos de tocar o seu rosto,
traz você para as minhas mãos,  pois está nas marcas que refletem no espelho, me contando do tempo. O amor não tem hora para invadir de emoção uma existência, ele atravessa o infinto e vai buscar amorosamente
sempre você... Quando estendi as minhas mãos para serem tocadas pela brisa que vinha da noite, eu sabia que a minha alma, de olhos fechados caminharia para sempre sem você, em vão, atravessaria qualquer obstáculo e voltaria sózinha... Eu amo você, dum jeito que não sei dizer.
Sinto, sinto, sinto muito amor, eu amo a sua vida, sinto a sua falta, não consigo lhe esquecer. 

_ Liduina do Nascimento
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Enviado por Liduina do Nascimento em 29/10/2017
Código do texto: T6156035
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