Um abraço ao desconhecido
Como numa perseguição em noite de lua cheia, corro na escuridão das florestas do conhecimento. Tateando cada parte do meu íntimo, a medida que correspondo o mesmo às árvores que me cruzam o caminho. A luz da lua, se faz como a minha sede pela evolução, e concede a visão para dar o próximo passo, ao mesmo tempo em que o topo das árvores que repelem a claridade e a minha coragem, representam os meus medos e preceitos. Na mochila, não carrego nada além das minhas pesadas apostas para um eu melhor. E assim sigo, trombando entre falsas verdades e verdadeiras mentiras. Dada a imensidão da floresta não salto e nem me exalto, afinal, nesse exato momento, não sou nada mais do que o conjunto das minhas verdades, correndo para reafirma-las ou esquece-las, ao passo que me atiro na escuridão do verdadeiro saber.