NOSSO DOM, NOSSA VIDA
Desde a teoria da Grande Explosão de George Gamow e o sacerdote Georges Lemaître, e as várias teorias sem comprovação que relatam outras narrativas, a mente científica está cativa imaginando a matéria se organizando no planeta em partículas, átomos, compostos orgânicos, bactérias, animais e cérebros conscientes.
Existe uma unidade de sentidos de imensa beleza que impacta no dia a dia nossa vida, e está concentradamente infiltrada nas funções biológicas e nos traços mentais humanos.
Como seres sociais, na fluidez do processo de interação em nossos relacionamentos com outras pessoas, envolvendo nossos corpos, rostos e emoções enquanto falamos, gesticulamos e sorrimos, construímos elos de aceitação ou motivos de rejeição, desenvolvendo a universalidade nos relacionamentos da natureza humana. Dessas interações surge a simpatia, a amizade, o desejo e o amor.
Porém, o que é o paradoxo fundamental da vida, o amor, a mãe de todas as dependências afetivas? Uma união de sabores errados e gostos certos onde os gestos consentem o amor? O centro de todas as questões humanas? Uma ilusão positiva, ou um devaneio de experiência?
O amor gera a união, e a proximidade, também, causa afeição profunda. Contudo, do desentendimento ou na falta de compreensão, às vezes, como um recurso inteligente, acontece a vontade de mudar a mente buscando a liberdade das convicções, que não ocorre sem custo, pois, cria cisão e desmanches. Consequentemente, se as referências de amor humano mudarem, mesmo suavemente, a crueldade social e política aumentará.
Quanto à ciência autointitulada como descobridor e desenvolvedor de soluções para os problemas físicos e as questões humanas, o que diz sobre as origens do amor no esquema das coisas, além de associar esse intenso sentimento com as áreas do sistema compensativo presente no cérebro que produz a dopamina, e cogitar que a ontologia do amor é um componente da consciência, portanto, uma provável questão significativa para pesquisa?
Nas tradições religiosas, exclusivamente a cristã, o amor, que anima a vida e a criatividade, é uma qualidade primordial de Deus e, portanto, eternizado.
Quanto à nossa percepção pessoal sobre o significado de tão nobre e indispensável sentido que une as pessoas e engrandece a espécie humana? É o amor um vício poderoso, muitas vezes positivo que nos deleita com o êxtase e nos faz lutar contra a profunda tristeza que, comumente, sua perda nos causa?
Finalmente, ao amarmos as pessoas com os defeitos que os olhos notam, entramos em conflito com as imperfeições que o coração perdoa.