OUVIR E ESCUTAR
É inevitável não questionar nossa percepção sobre o estado libertário e a desordem no mundo, testemunhando, exclusivamente, anos de carnificina dos conflitos armados com irmãos caídos, muitos despedaçados, populações famintas e sedentas roubadas do auxílio externo para aliviar suas dores e privações. Torturas e crimes hediondos, a banalização da crença e dos valores fraternais e o desrespeito às tradições disseminadas mundo afora, sob o olhar apático dos institutos, dos regentes terrenos e do delírio do clero insensível à realidade dos carentes comungado com olhar alheio dos financeiramente abastados, cinicamente distanciados da destruição, do sofrimento e do lamento daqueles que recebem no corpo e na alma os grilhões e o ferro duro e quente da tortura e padecer.
Atualmente, a espiritualidade remanescente ainda sustém o significado instrutivo das leis naturais para aqueles de mentes claras concentrados em adquirir e apreciar o entendimento divino e manter as origens tradicionais das palavras originais, que nos trouxeram a luz da esperança da verdadeira natureza do cristianismo na escuridão do mundo.
As leis naturais são o paradigma que torna nítido e distinto a compreensão da diferença entre o divino, o espiritual, o natural, o eterno e o temporal, oposto ao cristianismo bíblico, ocupado com o materialismo pretensioso unicamente devoto às questões da natureza humana e a carência social e política.
É possível que nosso testemunho evidente seja o teste supremo para validar nossa fé herdada destituída de confirmação, ou, é a alforria do tempo predeterminado concedida pelo Senhor, à Momon, para que este prove ser poderoso e convincente em trazer para si o rebanho inadvertido?