ANGÚSTIA
À beira do inexplorado, as percepções exteriores comungando com as afecções do íntimo num hiper-realismo, o pesadelo de despertar às três horas da manhã, sozinho e consciente numa revelação da loucura da lucidez revendo o passado, reavaliando o presente submisso na rotina, e especulando a incerta inclusão no futuro na ausência de surpresas em seu panorama, sem desejo de continuidade e intuitivo da tenuidade entre o segmento e o término da vontade, buscando uma única razão para permanecer, e de conquistar a si mesmo.
Assim, alguns acordam no nada da noite, afetados pela dissonância pluralista, buscando consistência em seus anseios de estabilidade consciente que unifique seu cotidiano fragmentado.
Na natureza e na estrutura da consciência, a experiência consciente é frequentemente de caráter singularmente unificado, enquanto os objetos da consciência são quase sempre auto conscientes e, geralmente, essas características inclinam-se indispensavelmente à prática racional.
Isto atrai a atenção sobre as representações do espaço situacional entre o real e o ideal do amor, do sucesso, da fama e da felicidade, reivindicando a realidade como algo superior à representação de um ideal como uma defesa da autenticidade e da experiência individual, muitas vezes vivenciada dentro de uma expectativa fantasiosa.
A conjuntura necessária para uma nova situação é o conteúdo das ramificações sociais das construções culturais, onde a ocupação e o encanto podem ser um espaço para descomplicar essa separação e, desmistificar as concepções culturais, questionando os conceitos do real, do amor e do sonho para uma aceitação mais realística da existência, embora crie uma ambiguidade na unidade da consciência para a autoconsciência, que é um compromisso viável para o caminho de volta ao equilíbrio existencial.