Sensatez escassa e parafusos faltando

Sempre desconfiei que me faltavam parafusos, a sanidade, batia longe de mim, mas hoje, ao romper a barreira do aceitável, pude ter certeza, ou melhor, mais certeza ainda.

Perdi as estribeiras, me desnorteei e resolvi que em tempos de caos, (des)medidas igualmente caóticas são uma real necessidade, bem como a coragem para tomá-las.

Parafraseando o sábio escritor George Orwell:

"Em tempos de embustes universais, dizer a verdade, é um ato revolucionário."

Só que no meu caso, não é a verdade que está em questão, mas a coragem, para afastar-se de todo o mal.

Eu achei que era ouro, mas enganei-me, era bijuteria. Fui magoado de uma forma que jamais pensei que alguém seria capaz de fazer e tal sentimento me levou a um ato de desespero profano.

Eu, que tenho por praxe, sempre me defender, independente de qualquer atitude que possa ter tomado, se acusado de insano, terei que me calar, pois tal acusação corresponde com a veracidade dos fatos.

Eu peço a Deus para me dar muita sabedoria, pois no momento, ela se faz não necessária, mas essencial. Penso que estou tão chafurdado em uma areia movediça cíclica, onde esforçar-se mais leva ao buraco com mais rapidez, mas ao mesmo tempo, não fazer nada, é desesperador, entretanto piorar a situação seria uma façanha que nem o Tom Cruise seria capaz de realizar.

Que Deus me perdoe pelo que estou realizando e que mais ninguém saia machucado nesse misto de circo, novela mexicana, Chaves e programa do Ratinho.

Gui Machado
Enviado por Gui Machado em 03/09/2017
Reeditado em 04/09/2017
Código do texto: T6103666
Classificação de conteúdo: seguro