ESPONTANEIDADE OU PREMEDITAÇÃO?
Os vários aspectos de nossa vida revolvem em torno de nosso conhecimento e compreensão, que facultam significado e propósito para a nossa existência.
Desde que o aprendizado não é totalmente compreendido, a ignorância nem sempre é evidente ou distintamente entendida, pois, quanto mais aprendemos, mais percepção adquirimos do que desconhecíamos, por que o nível de habilidade e de conhecimento varia de pessoa para pessoa. Portanto, ser inteligente requer o entendimento do que é desinformado. É imprescindível entender que o conhecimento substitui o preconceito individual por evidências coletivas e prováveis.
A jornada de ninguém é fácil! Nossa coragem e caráter desenvolvidos nos momentos difíceis da superação da perda, da derrota, do desgosto e do infortúnio espiritual nos habilita na difícil arte de viver, que abrange toda habilidade prática feita de maneira consciente, controlada e racional, tornando-nos auto expressivos, crendo em nossas esperanças, sonhos e desejos, preparados para enfrentar qualquer desafio, sem ser atuado pelo medo ou pelo favor de nenhum homem ou situação.
Devemos ser exatos e premeditar todas nossas ações, ou mesclar nossos planos e desejos com originalidade, desembaraço e naturalidade?
Embora o bom senso seja um elemento de diversas naturezas, sujeito a um tipo específico de sentido adquirido e indefinível, pessoas de maior seriedade do que compreensão, afirmam que o gênio e o gosto são estritamente limitados às normas e que existe uma regra para tudo.
Entretanto, o gênio e a predileção fundam-se no mesmo princípio elaborado em padrões mais elevados e em combinações mais incomuns.
Demais, não é determinação da razão, mas, nossa decisão sentir a vida, o desejo e as atividades que realizamos de maneira consciente, controlada e racional, das quais temos uma impressão verdadeira e bem baseada, apesar de não podermos examinar ou esclarecer nossa vontade e escolhas em vários detalhes. Pois, essas sensações operam espontaneamente até serem consideradas e convertidas às normas, sendo a própria regra fundamentada na verdade e na certeza dessa ação natural. De que outra maneira a distinção da compreensão quanto à forma como as coisas ocorrem é necessário para gerar seu devido e uniforme efeito sobre a mente? Contudo, nem tudo o que fazemos é fundado na antecipação!
O bom senso é uma consequência imparcial e instintiva da verdade e da natureza, resistindo ao escrutínio do raciocínio mais severo. Porém, não é preciso, incondicionalmente, inserir o motivo do sentimento para garantir a certeza da ação, pois, não existe uma regra para a expressão, e a única norma possível para a sua manifestação é fundada pelo sentimento na união de ideias transmitindo o que é considerado plausível, atribuindo significados ao que pensamos, falamos e fazemos de acordo com as circunstâncias, não implicando na rigidez demasiada!
Minha opinião pode parecer um contrassenso à lógica. Contudo, pessoalmente, prefiro me acolher do peso da pretensão ou singularidade neste ponto de vista comumente argumentado, porém, mal compreendido, mantendo minhas opiniões conclusivas para o propósito de que nossa liberdade em escolher fazer algo com simplicidade e desembaraço, independe da razão fundada.