DOIS OLHARES
Na essência da condição humana e no desejo persistindo em crer, inspirado pelo amor e guiado pelo saber,
O descrente, vivendo na dúvida a sua forma de ser.
O crédulo, insistindo nas certezas, vivendo para outro mundo, morrendo na ausência de vida, seguro no conhecimento da crença do ser.
Um, procura e refaz,
O outro cria o futuro sem saber.
Um, querendo o que tem,
O outro, buscando o que quer ter.
O cético, descontente, refletindo a realidade na busca da verdade,
O crédulo, feliz como um bêbado, na familiaridade do que pensa saber.
Um, observando com estupor,
O outro, escudado no fervor,
E ambos encarando a dor, a paixão e a fé, buscando saber qual é a essência de ser.