Anonimato.

Olhos que não me veem;

Lábios que silenciam palavras;

Braços que rejeitam envolver-me

Como é triste o anonimato do meu ser diante destas partes tuas

Destas partes, tão acessíveis aos demais.

Mas estranhamente me embalo nos colos do invisível

Estranhamente adormeço por ali.

Passo a sentir-me confortável como este ser inexistente

Pois ele nunca sofreu

Ele nunca teve que viver com a dor de nunca mais beijar-te

Já que nunca beijou

Ele nunca sofreu por querer mais que uma transa casual

Já que nunca transou

Confortável anonimato, envolva-me em teus braços

Proteja-me desses olhos que veem,

Desses lábios que além de falar também beijam

Sinto o abraço quente do anonimato, descanso não reajo.

Adriane Neves
Enviado por Adriane Neves em 07/08/2017
Código do texto: T6077046
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.