FÉ
O universo simplesmente existiu, ou, deve haver um ser necessariamente existente que causou a existência de tudo?
No começo, nada existia. Mas, num dado momento do tempo, passou a existir por meio de algo que sempre existiu.
Da forma como conceituamos os objetos, entre a possibilidade, a contingência e a necessidade de ser das coisas limitadas encontradas na natureza, que são movidas e corrompidas, perdendo a originalidade em sua dependência espacial e temporal, abraçamos a ideia de que têm uma origem, e nem sempre estiveram ali. E, quanto à existência de algo que sempre existiu quando nada existia e causou o começo de tudo o que existe, e está presente agora?
Deve haver algo cuja existência é necessário, um ser que tem em si mesmo a sua própria necessidade causando todas as outras coisas, tempo, espaço e movimento, contingentes dele.
Quando a experiência conflitua com nosso modo de ver o mundo, e não se encaixa na explicação usual de como as coisas acontecem, há algo profundamente escondido por trás de tudo, e buscamos, na impossível procura, entender o pensamento de Yahweh.
A ciência, objetivamente, analisa o que é impermanente e está em estado de movimento e transformação no tempo e no espaço.
A espiritualidade concebe o que sempre esteve, que precedeu ao tempo e ao espaço, que não tem começo nem fim, mas, está presente.
Se não foi Yahweh, o autor dos eventos e dos fenômenos naturais, foi criação de um espírito universal da natureza que geriu o universo muito além de nossa compreensão, cheio de mistérios e perguntas que compõem e existem paralelos ao curso de nossas vidas?
A ciência e a religião são reinos separados, mas unidos por relações recíprocas, e dependências, no sentido que ambas reconhecem e honram o sentido humano do mistério, que é formulado no conhecimento de que a experiência do mistério, misturado com o medo inventou a religião. Ciência e dogma diferem, mas, ciência e religião são compatíveis.
A religiosidade no viver do homem, é uma atitude moral na vida e para a vida. A espiritualidade concebe o que sempre esteve, que precedeu ao tempo e ao espaço, que não tem começo nem fim, mas, é onipresente. Sentir uma religião é uma experiência inspirada em caminhos complexos sobre conceitos além da compreensão, que envolve um sentimento de dependência.
A ciência na vida do homem é uma atitude de inclusão, uma necessidade de descobrir e preencher, um saber que pode ajudar. Experimentar o mistério natural é um sentimento fundamental que se situa entre a arte e a ciência, com procura e possível solução. A ciência, analisa o que é impermanente e está em estado de movimento e contingência no tempo e no espaço, e provoca um sentido de liberdade condicional.
E nós, em nossa infinita introspecção ignorante, onde nos situamos? Buscando na eterna inconformação, ou, crendo e aceitando na passividade e na infamiliaridade do desconhecido?