IR E VIR - VOCÊ
Faz parte sentir algo
inusitado assim?
Me perguntei,
Me questionei,
Até duvidei...
Quis fugir de mim
Da minha realidade
Da situação que estava.
Sentimento repentino
Não deveria ter existido
Me pergunto sobre
Incalculavelmente vezes
Porque disso? pra que?
Eu sabia que machucaria
Porque tentei tanto?
Talvez eu não seja a mesma..
Ou até mesmo você quem sabe.
É claro que momentos ruins surgem
Mas não podem interferir assim
Me sinto presa, como um pertence
Ajo como se fosse sua sempre
Até quando não quero...
Como se te pertencesse
E não acho ruim, jamais achei
Nunca senti isso antes, não assim
Jamais nessa intensidade
Nessa franqueza, leveza, pureza
Me sinto bem, até lembrar tudo...
Você vem, você vai, o tempo todo.
Como em um jogo, porém sem aviso
As coisas acontecem sem ter motivo
E eu desnorteada, sem caminho
Num local sem rumo, perdida
E quando eu "me acho".. você volta
De repente tudo fica maravilhoso!
Tudo incrível, tudo como era antes.
Ou quase. De repente nos aproximamos.
Mais uma vez, quem sabe por definitivo?
Coração feliz, aprendi ser feliz com pouco
Sua presença já bastava, a ausência doía...
Sei que recentemente houve descobertas..
outras visões sobre mim, emoções e razões
Sentimentos e memórias guardadas
Em um vídeo, numa situação mostrada
Lágrimas sinceras, de felicidade e dor
De algo que passou, que queria voltar pra trás.
Se eu pudesse pararia o tempo lá
Para viver naquela realidade
Daquela forma; daquele jeito.
Ter você perto era a razão maior e sempre foi
De repente, sem "motivos"permaneceu assim
A distância não afetou, só provou
É a emoção, o sentir, preenche o peito
E nenhuma palavra diz ao certo
Aquilo que sentimos! É tão sincero...
Nada disso se compra com dinheiro
Porque somos tão escravos de nós mesmos?
Passamos a vida correndo atrás disso
E quando chegamos no fim da vida
Com tudo o que ansiamos perdemos o tempo
Que tivemos para as oportunidades da vida
De ser feliz, de ver a felicidade na flor
Nos filhos, no olhar de alguém, na vida
Na respiração, e o coração que bate
E de repente nossos olhos se fecham
E não fizemos o que devia ser feito.
Se eu pudesse voltaria atrás
E perderia todas essas lembranças
Talvez por medo, talvez por magoa
Ou talvez viveria diferente
Não me permitiria sentir
Algo que talvez não podia
E não saiu de mim, nem sairá
Nem ontem, hoje, ou tão cedo
Jamais me senti assim...
Até quando?
Quem sabe um dia eu acorde bem
E verei que já passou tudo
Que está tudo bem, que foi impressão
Ou só um momento... Ou pesadelo
Ir e vir, temos livre arbítrio.
Agora.. E se eu ir pra não voltar?
Vai dizer que tudo bem?