OLHANDO A FACE DO ABISMO

Não é concebível pensar em indagações mais cardeais do que a noção de uma população de sete bilhões de pessoas aglomerando o planeta, sem desassociar a autodestruição que faz parte desse progresso humano ocupado em desenvolver o grande esquema das coisas envolvendo suas interações com o ambiente que inclui a biosfera, remetendo à questão para qual rumo estamos nos direcionando, questionando a real origem e existência da natureza humana.

Na brevidade incerta de nossa vida, compartilhamos nosso tempo entre as impressões do passado, nossa ausência no presente antecipando a impropriedade do futuro, e questões de respostas reconhecidamente intangíveis, onde a fé deveria ser uma aliança subjetiva de um conteúdo objetivo, um corpo objetivo de crenças.

Mas, estamos ausentes do momento, de nós mesmos e de nossas necessidades primordiais de cuidar do saber que nos habita e devanear sobre os conhecimentos que não possuímos de nossas necessidades ao buscar o feito de hoje para o amanhã, sem sabermos que outros poderão consumá-los, se morrermos antes da noite.

E, além de nossos desejos e deveres, devemos estar cientes que não estamos sozinhos neste mundo, que devemos desenvolver nossa ética ambientalista e, que embutidos no sonho da vida no nosso planeta estão ideais profundos de ter um lar, de pertencer a um lugar seguro na Terra, nosso planeta e fazer parte de uma comunidade participando na vida comum de uma nação.

A perspectiva e esperança dessa idealidade é o povo que nos compõe, naturais daqui ou descendentes de outras terras que traz consigo a responsabilidade e a noção que não somos meros espectadores e não devemos ser complacentes e mal informados, sabendo que podemos fazer para proteger nosso sistema de suporte à vida, o ambiente natural, para que esse sonho não se torne numa aflição

Tornou-se numa questão retórica de quem perde e quem ganha para aqueles interessados na distribuição rasteira global de riqueza e poder, contrários ao consenso científico de que a atividade humana está aquecendo o planeta, por considerarem serem conceitos para combater o aquecimento global, ataques ao capitalismo e a restrição de liberdade da iniciativa livre, além de um intento de assédio político, com o suporte das indústrias da mídia e da cultura contra o socialismo de mercado, para transformá-lo num socialismo ecológico, criando verdades convenientes para angariar fundos monetários para estudos de projetos e pressão organizada de interesse e propaganda tendenciosa sobre políticos e poderes públicos para ações preventivas.

O aquecimento global é a transformação de grandes proporções da superfície terrestre que, com distinção, já transcorre e exige a prevenção individual, coletiva e institucional, que pode vir a significar regiões costeiras inundadas, correntes marítimas interrompidas, regiões agrícolas ressecadas, doenças endêmicas, liquefação de geleiras e o efeito de estufa induzido criando incontáveis adversidades e privações para a vida no planeta e mudança econômica que forçaria grandes modificações no ordenamento físico da sociedade, que pode ser um golpe de sorte ou desastre para pessoas, empresas e nações.

A aurora do auto genocídio da espécie, através de atos egoístas e irresponsáveis na busca da lucratividade e do poder, se precipitando sobre o homem moderno, tem a ver com a sua ausente consciência de preservação e ingratidão pela grandiosa dádiva de tão vasto, abundante e diversificado lar que a Terra proporciona, da qual devemos cuidar, pois a forma exterior das coisas aborda a generalidade de nosso comportamento exterior se tornando em fatores internos, e nos acorda para a questão ética maior de zelar pelo nosso lugar no universo afetado pelo aquecimento global, a extinção de espécies, o desmatamento inconsciente, o aumento do nível do mar, o esgotamento de ozônio, o aumento do CO2 e matéria particulada na atmosfera, mudanças que, se não observadas e agravadas, tornar-se-ão catastróficas, e afetarão primeiro os mais vulneráveis, os pobres.

Todos têm uma parte na caminhada coletiva no teatro da vida, e uma peleja agressiva em proteção da ecologia mundial, conduziria a muitos benefícios advindos da preservação do meio ambiente por muito tempo. Porém, devemos estar cientes dos danos irreversíveis já causados e, que nenhum acrescentamento ou duração de mitigação irá reparar mudanças climáticas significativas, mas, diminuir e retardar seus efeitos, inspirados numa apreciação mais profunda de nossa responsabilidade para com o planeta.

J Starkaiser
Enviado por J Starkaiser em 16/05/2017
Reeditado em 03/06/2017
Código do texto: T6000852
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