NORMAS DOS TEMPOS
As pessoas, as ideias, através dos tempos, e os lugares formam a base para o conhecimento moderno. Mas, a unidade básica da cultura humana é um marido e uma esposa, onde o propósito essencial esperado é a retribuição recíproca de ambos no reconhecimento da dedicação e esforços mútuos, onde a importância do respeito e do merecimento nunca diminui em valia. É possível que a ausência do entendimento dessas regras primordiais do comportamento humano neste terceiro milênio, seja a causa do desconcerto econômico e da desigualdade social testando o espírito do homem.
Embora atribuamos o bem a partir da moralidade dentro de nós, comumente distorcido através de regras religiosas, nossa percepção comum sobre o comportamento social e os fundamentos da moralidade é plenamente incorreta, pois nosso senso de princípios surge involuntariamente de interações sociais que nos ensinam as regras de comportamento.
No século dezoito a humanidade transitava de um contexto rural para um cenário industrial, onde as normas de conduta dentro deste novo grupo mais numeroso de trabalho não foram imediatamente aceitas. Oportunos empresários sucederam economicamente, acumulando grande riqueza e tornando-se barões da ladroagem aproveitando-se e maltratando os desfavorecidos que, sem opções, precisavam de trabalho e aceitavam o que era oferecido como remuneração, assim, mantendo suas posições de poder e influência.
Assim surgiram as uniões pensadas pelos agentes diligentes do labor inclinados a lutar pelo reconhecimento de seu valor e direitos, aumento de salários, melhorias de condições de vida e a regulagem da administração arrogante e abusiva.
Baseado na proclamação de Moisés das regras fundamentais de comportamento ordenadas em Dez Mandamentos, fornecendo orientação sumária com dez regras básicas do que não fazer afim de não ofender a Deus, para um povo analfabeto de cultura rural da época, não se pode esperar descobrir normas propícias de comportamento em escritos antigos voltados para uma sociedade muito diferente hoje.
Atualmente, numa idade de complexidade, caos e contradições, onde nada faz sentido, quando a normalidade é findável e testemunha o crepúsculo das ortodoxias antigas e o desconhecimento de pressupostos que ainda surgirão, precisamos contemplar o momento para compreender o sentido transicional desta época buscando entrever as possibilidades de um futuro viável.