Texto 859 - SEPARAÇÃO
Quem pensa em separar, evidentemente pensa em afastar-se de algo ou de alguém; isola-se daquilo que um dia se viu unido! Tudo que desata, por qualquer que seja a razão, não se pode nunca, observar um único motivo de alegria.
O filho cresce, progride e parte para riscar os trilhos do sucesso. É óbvio que todo pai irá se sentir orgulhoso, mas a separação em si, tende a ser dolorosa; com uma dor diferente do pai que vê o filho cair nos braços das drogas ou morrer, seja do que for!
Via de regra, hoje em dia, quando falamos em “separação”, de plano se pensa em pessoas se separando. Amigos, colegas, mas o que mais impacta a relação humana é a separação de casais! Eu sou filho de pais separados! Eu já me divorciei um dia; e como se houvesse uma regra básica, uma espécie de condão, que deteriora tão rapidamente aquilo que um dia começou com um suposto amor; um gostar hipotético; uma união improvável!
As pessoas se conhecem, se curtem, namoram, casam, têm filhos; e se separam! Não foram capazes de gerir o empreendimento matrimonial e partem para a ruptura, muitas vezes escarpada e desluzida, porque não sabem praticar a verdade do fim; precisam colocar entre os ingredientes, pitadas de covardia, poções de máculas, nacos de maldade, e goles de pavor!
Nubentes...! Que termo mais lindo para rotular os que contraem...! Mas o que é que estão contraindo? Deveriam contrair a união amorosa; e ao invés disso, os casais estão contraindo pânico; e ainda mais pior é que quando o pior chega, a maioria põe os filhos no meio de tudo, servindo de escudo execrado.
Todos podem discordar, mas o dito amor matrimonial é sim um jogo de interesses, onde vence aquele que consegue jogar em equipe!
Quando eu observo o termo “união civil” e noto tanta selvageria dos nubentes pós sonho, me ponho a pensar se não seria melhor já deixar rotulado como União Insolente; porque tudo que se diz antes, como eu te amo; se joga no lixo tão rapidamente e por questões tão medíocres; que mais uma vez me ponho a pensar: o amor existe?
Casem, mas o façam sabendo que a dificuldade do viver a dois, exige muito mais do que o gozo do estar em dois. Saibam que enquanto jovens e belos, serão cutucados por vários, mas quando velhos, ninguém os perceberão com os mesmos escopos. De igual forma quando o dinheiro falar mais alto!
Casem, mas não esperem uma liberdade, porque casar é acoplar; é ter pelo outro, o respeito devido, inclusive por seus erros; ajudando-o, se possível, a acertar! Liberdade é quando descasa; e se quer mesmo viver sozinho, porque casar? Viva bem e viva muito; inclusive amando, respeitando. Você pode fazer tudo que faz casado, estando solteiro; mas se pensar em unir, por favor: respeite a união ou saia dela com compostura. É o mínimo que se espera de uma união civilizada! É o ensinamento que você deixa para seus filhos!