Texto nº 858 - Todo mundo quer julgar todo mundo!
Agora a pouco eu fui com minha filha num desses foodtrucks. Do lado do furgão, uma mulher impaciente falava com a polícia, e esperava por algo dentro do carro. Alguns minutos depois, chegou um rapaz, abriu o seu carro do lado do carro daquela mulher; e quando foi sair, a mulher que o esperava começou a chama-lo aos berros de “desgraçado”; mas o rapaz que havia chegado, pelo visto não entendeu nada! Foi quando a mulher colérica e incivil o disse que ele havia fechado a sua garagem...
O rapaz tentou se explicar. Disse que não havia visto a dita garagem, pediu muitas desculpas; mas a mulher não parava de gritar chamando-o por todos as xingarias, possíveis e impraticáveis. O rapaz saiu do local calmamente e a mulher ficou gritando sozinha; demonstrando total desequilíbrio e descontrole emocional...
Antes de entrar na mensagem de hoje, é preciso dizer que fechar garagem é no mínimo deselegante, passivo de multa e reboque do carro infrator; mas quem age como a mulher desequilibrada, sinceramente, somente rezinga cada centímetro de um espaço cada vez mais intolerante; deixando nosso Mundo cada vez mais intransigente; uma fábrica de déspotas...
Aquela mulher colérica mostrou-se condescendente, e tão somente agiu, com uma atitude mental caracterizada pela falta de habilidade ou vontade em reconhecer e respeitar conceitos. Ninguém é obrigado a aceitar um lapso, ou mesmo um erro provocado por um desatento; e mesmo que o fosse praticado com dolo, a punição deve ser diligente; mas o que a mulher promoveu pode ser chamado de tudo, menos de punição!
Eu estava ao lado daquela mulher e posso afirmar que pessoas como ela jamais podem ser felizes! A felicidade razoável não é ter uma vida perfeita.
O Desafio de Deus é fazer seu semelhante praticar a paciência para poder usar as lágrimas para irrigar a tolerância; pedras para refinar a paciência; falhas para esculpir a serenidade; dor para lapidar o prazer; e os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.
O ajuizado consente, o idiota avalia; o prudente indulta, enquanto o insensato, censura!
Confesso que tenho muito medo da intolerância; e quando eu a encontro em mim, passo a me policiar, porque sempre há um indício de que um poder é visto como seguro! O intolerante, quando se sente em perigo, vê nascer sempre a pretensão de ser absoluto; nasce, portanto, a falsidade, o direito divino do seu privilégio! Facilmente faz voltar gente como Hitler ou políticas como a inquisição!
Se o homem não é capaz distribuir razões de uma vida VERDADEIRAMENTE HARMONIOSA; não importa com quem, para quem ou em nome de quem; é a hora de seu fim!