CONFORMIDADE
Em termos de ser, desejar, fazer, mudar ou acreditar, quando crianças, crescemos contentes na segurança da representação das pessoas, animais e coisas, cientes do que vemos, ouvimos e sabemos das coisas que nos rodeiam, que podem ser ou não verdadeiras na visão de nossa relação com o mundo.
Com o passar do tempo, nos desenvolvemos nas disciplinas da filosofia, da ciência e na troca de ideias e, repensamos nossas impressões sobre nosso entendimento das características e consistência das coisas, perdendo a clareza de nossas referências iniciais, tendo nosso conhecimento desafiado entre a certeza, saberes alternativos e a dúvida, passando a contestar a essência de verdades sobre o mundo, dado à relatividade das definições que tornam os significados inconstantes, que por sua vez, criam a contingência de uma afirmação na dinâmica e manifestações do pensamento concebendo o mundo como uma malha de domínio e procedimentos de normas situacionais dinâmicas interagindo entre si ocasionando a realidade.
O mundo fora de nós, é em parte contingente de nossas ações, e nosso mundo interior engloba manifestações da experiência, é afetado pelo que ocorre ao nosso redor.
Os corpos orgânicos da natureza, desde as plantas, aos insetos e os animais racionais e irracionais têm uma preformação e todos vêm de sementes que são formadas por células orgânicas com um saber individual com permanência regulada através da concepção de novos indivíduos de cada espécie refletida na harmonia indestrutível do universo, numa comunhão entre a alma agindo de acordo com as leis das causas finais através de tendências, fins e meios, e o corpo orgânico ordenado nas leis naturais das causas ou movimentos produtivos em harmonia preestabelecida entre reinos distintos.
E essa harmonia dos reinos na natureza, uma das causas competentes e o outro das causas extremas, constituem a simetria entre o domínio físico da natureza e o domínio moral da faculdade, o equilíbrio do universo, refletindo as imagens das coisas criadas e as regras da consciência, permitindo aos seres de almas uma relação moral com o universo e todas as coisas criadas, através das leis do comportamento humano.