SUJEIÇÃO

A questionável coincidência da moral, da política, do direito e das razões observados em tempo de guerras motivadas pela posse da razão sobre questões religiosas, ideológicas, étnicas, territoriais, econômicas, e de vingança, incorporados nos interesses da crença, necessidade e ganância, constituem as principais razões dos conflitos armados entre sociedades ou grupos antagônicos, diferentes das disputas bélicas da atualidade transformadas em guerras civis compreendidas nas novas dinâmicas globais.

Atualmente, a principal fonte de conflitos é a luta pela distribuição de recursos naturais, motivando nações e grupos poderosos a agredirem sociedades pacíficas, violando a soberania nacional e os direitos internacionais, violentando e matando para garantir o suprimento de recursos cada vez mais raros.

Seria a redução do crescimento populacional, as mudanças de estilo de vida limitando a demanda de recursos naturais, com o desenvolvimento de meios autossustentáveis para o fornecimento de fontes renováveis e a atenção a ecologia dentro de um consenso de redução abaixo da biocapacidade dos lugares, um fator para a diminuição das guerras?

Seria possível, nos dias de hoje, os governos mundiais desenvolverem uma cidadania global intimamente relacionada com a representação do povo pelo povo, regido por uma política integral direcionada à cooperação e a resolução de conflitos, promovendo debates e formulando conceitos públicos de caráter progressista preocupados em entender os conflitos para tentar evitá-los, sem a interferência nociva de economias burocráticas competitivas e da injustiça que acompanha a política, abrindo espaço para uma política de paz com justiça social, direitos humanos e o humanismo econômico desenvolvendo a criação de valores acima da acumulação de riqueza?

Nas diferentes perspectivas da subjetivação, cientes que nascemos sem saber, por que precisamos viver quando nascemos para morrer, sem noção de nossa origem, do propósito de um nascimento na Terra, e o nosso destino final, que gastamos nossas vidas aprendendo como se fôssemos criaturas experimentais causalizados a meros elementos de uma disputa entre divindades e elementos antagonistas, nos provocando a pensar na possibilidade de nosso conceito de início / fim ser falho quando aplicado ao grande esquema das coisas e, se a realidade realmente nunca começou, lutando para não duvidar se teríamos uma maneira de saber o que é real, desejando que, pelo menos Deus, o criador do universo, se revele na harmonia extraordinária de tudo o que existe.

Na natureza extraordinária do mundo das maravilhas dos cinco sentidos natos do ser humano, o melhor que podemos fazer é auxiliar o outro a livrar-se da opressão do pensamento e a usar seus intelectos no avanço da compreensão do mundo através da igualdade, fazendo-o entender que o universo não é, meramente, como o homem o interpreta. Que a matemática não é a medula espinhal da realidade, apesar da física e da matemática darem asas ao ser humano, sendo as conexões e as relações com a ciência cognitiva, o que transcende a física e a matemática mas, sem a mente humana, essas relações seriam tão despovoadas quanto a morte.

Embora conscientes, mas, impotentes sobre a guerra antiquada pelo poder, aproximando a humanidade de um pragmático e iminente conflito exterminador, o bom vivente reconhece sua existência como um sonho dentro do sonho da vida, crendo na Inteligência Universal Eterna, e na promessa de sua sobrevivência à morte física e, que todos queremos atravessar a ponte da esperança, significativa do propósito de nossa existência futura em um recanto compensatório.

J Starkaiser
Enviado por J Starkaiser em 21/01/2017
Reeditado em 22/01/2017
Código do texto: T5888904
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