Somos humanos desenhando sentimentos que não compreendemos...
Eu nunca fui a voz dos meus sentimentos, somente uma eternidade latente de questionamentos.
Eu pensei que pudesse racionalizar Deus, tolo engano.
Fui atrás dos maiores vícios intelectuais e encontrei ilusões, traições poéticas em todo o caminho.
Sonhei os delírios das minhas paixões mais secretas e no final descobri o vazio de um amor não correspondido.
Gritei aos cantos empoeirados do meu quarto o desejo de não mais abrir os olhos, e quando me encontrei percebi o tamanho erro de tal ambição.
Fiz do mar o relento dos meus olhos verdes que cansado de sentir a dor do mundo sofria aos miúdos do tempo a fora.
Percorri na consciência de ser feliz, e obtive êxito ao compreender a mensagem da Cruz.
Embriaguei minha alma com o romantismo da vida.
Doce tempo é aquele onde passeamos de bicicleta sem destino e hora para voltar para casa.
Bom seria que nosso lápis fosse uma varinha magica para desenhar o céu que fica em nosso olhar.
A tantas coisas para se falar em um encontro e poucas horas para conquistar um beijo.
Fui amante da minha consciência.
Fui herói do meu vilão.
Cheguei mais longe do que imaginei.
Presenciei um milagre radiante de vida.
Amei ser conduzido pelo amor.
Nada é mais belo do que apenas sorrir sem receio do ontem.
Tantos pensamentos...
Tantos Amores...
Tantas falsas promessas...
Tanto que amei e me desperdicei...
Fragmentos em pessoas que deixei...
Decepções que volta e meia reaparece...
Humanos que não lembro mais de seus rostos...
É fato que não estamos no controle do coração...
Somos o rochedo em um lugar mais forte...
Somos humanos olhando em espelhos políticos...
Somos humanos musicalizando sentimentos que não compreendemos...
Somos mais que um rascunho de sonhos no percusso da vida.