Reescrito em outubro de 2019

 
 
Vou pela  superfície da vida,
burlando
mistérios que não quero desvendar,
tenho medo da profundidade de tudo.

Coloco o meu coração para dormir,
Relutante,
Ele me desperta acelerado,
bem no meio do meu sono diz que quer correr,
quer ir contra o vento com ousadia.

Num canto largada como se lá não estivesse,
fica a minha alma silenciosa, observando,
Fugindo do abismo do existir.

O corpo imóvel em sua aparência,
com a maior calma do mundo,
Dentro, existe um coração em conflito
querendo à vida atirar-se de olhos vendados.

Já sua alma cansada, só precisa sobreviver.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 17/11/2016
Reeditado em 28/10/2019
Código do texto: T5826349
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