TODA VIDA É IGUAL? A DOR E O SOFRIMENTO SÃO COMUNS À TODAS ESPÉCIES?
As presunções em favor dos animais não podem acolher sem problemas a proposição que afirma que, sem modificar outras coisas, vidas humanas valem mais do que vidas animais, desconsiderando os argumentos do desvalor da morte, valor da vida, a consciência e o status moral dos animais.
No núcleo cônscio em alguns, é sentido o constrangimento de uma questão de valor, de moral e uma contenção política reflexiva e conscienciosa, com um pensamento central voltado para a validade da vida e da morte de animais para a nossa alimentação e proveito geral, em oposição à universal maioria, que considera os seres irracionais como pertencentes inferiores do reino animal, tornando-se assim, fins em si mesmos.
Foram criadas leis de proteção de valor moral e abrigo legal fundamentando direitos políticos aos animais, concedendo-lhes direitos de posse às próprias vidas e aos seus interesses básicos de sobrevivência e salvaguardando-os do sofrimento, paralelos aos direitos humanos.
Porém, na realidade, essas prerrogativas são ambivalentes, contrastantes e curvam-se às preferências e aos interesses utilitários sobre várias espécies. Se existe a lei, a lógica moral é de não matá-los para nossa nutrição impondo-os ao sofrimento e a dor da morte para o nosso bem-estar e sobrevivência, num dualismo entre o idealismo e o realismo que defende um compromisso que incide entre o sofrimento e a morte do animal.
Os argumentos legais que justificam o prejuízo da morte e o uso desumano dos animais, alegam que procedimentos e métodos de abate considerados de teor humano e indolor suprimem a norma e justificam a dor e o sacrifício do animal pela sobrevivência e o prazer do homem, valorizando os interesses políticos práticos, econômicos de subsistência básica dos agentes racionais, em contraste comprometendo-se a desvalorizar os interesses essenciais e vitais de certos animais irracionais, num mundo guiado pelo princípio, "não matarás", no qual uma criatura deve comer outra para sobreviver.