Jesus nos recomenda a misericórdia e não super e mais sacrifícios. Que aprendamos a perdoar...
REFLEXÃO DIÁRIA: 27 DE AGOSTO DE 2016
Um velho provérbio dos índios norte-americanos nos lembra que para “entender realmente outro ser humano precisamos andar um quilômetro com seus mocassins”. A isso gostaríamos de acrescentar a sugestão de que não podemos andar com os mocassins de outra pessoa se não tiramos os nossos antes. Temos de fazer um esforço verdadeiro enquanto ouvintes para sair de nós mesmos, esquecer-nos de nossas preocupações pessoais e doar nossa presença e disponibilidade aos outros.
É muito difícil no começo, mas, como em todas as outras atividades humanas, a prática torna às coisas mais fáceis, e depois as torna um hábito, A presença e a disponibilidade são realizações muito valiosas e certamente valem o esforço de nossa repetição e nosso treino.
Então, vamos trocar nossos sapatos e andar um quilômetro juntos.
Texto de Arrancar máscaras, abandonar papéis.
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Publicado em Reflexão Diária em 27 ago 2016
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28 ago 2016 às 1:56 pm, joão bosco Diz:
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É preciso tirar as sandálias: é sinal de humildade, húmus da Terra. Os profetas e místicos – Abraão e Moisés – reconheceram a soberania de Javé. João Batista afirmava não ser digno de desatar as sandálias de Jesus, mas cumpriu a vontade de Jesus para que o Batismo no Jordão acontecesse de fato.
Depois de uma discussão, ofensa, polêmica, é preciso admitir que o outro possa ter a verdade. Tomás de Aquino reconheceu a verdade da Imaculada Conceição diante da defesa simples e límpida do franciscano John Duns Scotto, no século XIII.
Lutero reconheceu a Imaculada conceição de Maria no Magnífica mesmo depois da ruptura com a Igreja: a mãe de Jesus teve a faculdade de Deus e o privilégio único de abrigar em seu puríssimo ventre o Salvador dos homens.
A Igreja reconheceu erros contra a xenofobia no mundo, a pedofilia, o racismo, a perseguição na América, a inocência científica de Galileu Galilei e outros. Basta ver os pronunciamentos dos últimos papas como São João Paulo II, Bento XVI, Francisco.
Jesus nos recomenda a misericórdia e não super e mais sacrifícios. Que aprendamos a perdoar; que deixemos o manto a quem precisa; que superemos a marca de um quilômetro para dois para entender os outros; dar a faça direita – a área sensível da honra para a verdade do amor – o lado do coração e o rosto com nossas marcas sem ódio para ganhar o outro e mostrar-lhe a verdade de fatos e ter a compaixão acima de tudo; perdoar 77 vezes para indicar nossa condição de falibilidade e necessidade de misericórdia diante de nossas faltas, dificuldades, erros, equívocos, lapsos, pretensões de verdade… Somos todos pecadores, não corruptos. Precisamos de todos e somos todos falíveis e sujeitos à quedas e falhas mil.
Deus está pronto a perdoar sempre; a natureza, jamais; os homens, talvez e às vezes.
Oremos para que perdoemos e reconhecemo-nos pecadores antes de morrer e confessemos nossos pecados quanto antes. Deus nos inspire bons propósitos e vençamos a omissão e o medo, o orgulho. Amemos no Senhor e a verdade nos libertará certamente. Ama e faça o que queres no verdadeiro amor de Jesus, já expressava Santo Agostinho em "Civitate Dei".
A todos um amor maior de Maria e do Paráclito: nossos advogados diante de Jesus. Amém.