Há tempos não vejo as margaridas...
O desvio do vento entre os concretos uiva na janela e toca minha face gélida.
Nos corredores jalecos brancos parecem fantasmas, portadores do inevitável.
A água salobra goteja na venosa a fim de matar a sede de vida.
O relógio na parede é uma incôgnita e o tempo passa devagar...
Vidas das vidas eternas que venham me poupar!
O silêncio cogita algo ao além e num piscar de olhos tudo pode acontecer.
Há tempos não vejo as borboletas.
Maurício de Oliveira
Enviado por Maurício de Oliveira em 29/07/2016
Reeditado em 13/08/2016
Código do texto: T5713151
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