Mundos opostos
Há muito que sei do desinteresse, da indiferença, das ausências frequentes, dos desentendimentos constantes, das interferências permitidas, das prioridades alheias e dos pontos não obstantes. Desculpas sem cabimentos, esperas que se retardam, contradições persistentes e distâncias que fogem à geografia.
Há muito que percebo nos tratos diários, a reciprocidade sincera e
natural vivenciada por aqueles que realmente se amam. A preocupação manifestada, as ideias e ideais compartilhados, as conversas despretensiosas e a cumplicidade sem fim. Um bem querer permanente,
a alegria com a chegada, os sorrisos decorando as faces e os olhares que dizem tanto, numa fração de segundos.
Há muito que penso na realidade que consegue separar dois mundos.