A eterna graça
A vida é engraçada, não é mesmo? Um dia estamos lá em cima, noutro, lá embaixo. Com o tempo a gente aprende que não importa em qual posição nos encontramos, mas em que nos ancoramos, e a lição que retiramos/adquirimos.
Ás vezes estamos destruídos, passamos e sorrimos cordialmente aos iguais terráqueos e recebemos uma bela cuspida na cara. Eu mesma vivi semanas terríveis, ansiando por um afeto, uma mão estendida, um olhar de compaixão, um colo. Só um. Fui a igrejas, revi amigos, fiz coisas para chamar a atenção na intenção de que alguém percebesse a minha dor, (sei que não é do meu normal, mas o desespero era muito), e nada. Ninguém.
Não conto as vezes que me ajoelhei e orei ao Senhor somente com as minhas lágrimas. Forças para falar? Não tinha. Mas Ele escutou o sussurro do meu coração; do meu pecaminoso coração. E em uma dessas bebedeiras e porres, Ele mandou alguém que não me conhece ir lá me da o Seu recado. Porque a Sua mensagem era além do que eu precisava ouvir. Ter aquela pessoa ali, me falando coisas que ninguém sabia, num lugar inapropriado, como muitos diriam, foi entender que Deus realmente está além dos púlpitos e dos sermões; santos ou beberrões, Ele nos ama, e que somente a sinceridade do coração de cada um.
Os problemas? Continuam postos a mesa, a sala; no lar da minha alma. Mas cara, saber/lembrar que Deus se importa é TUDO. Saber que ele jamais esqueceu de mim ou me virou as costas é a alegria que minha alma precisa.
E hoje, eu só queria te dizer Deus, muito obrigada por me amar assim, mesmo eu sendo tão tortinha.