Sombra
De tão desconfiado que sou,
Certa vez eu andava na rua
Quando notei uma sombra ao meu lado,
Me virei mais que depressa,
Dei uma rasteira, pulei em cima
E com as mãos em seu pescoço,
Perguntei:
Por que está me seguindo,
O que quer comigo?
A resposta foi imediata:
Calma, calma, calma...
Sou apenas a sua sombra
Tentando ser você com o pouco
Tempo de luz que tenho!
A partir desse dia passei
A desconfiar mais,
Pois descobri que sempre existirá
Alguém querendo se fazer
De algo com a luz que transmitimos!