Sombra

De tão desconfiado que sou,

Certa vez eu andava na rua

Quando notei uma sombra ao meu lado,

Me virei mais que depressa,

Dei uma rasteira, pulei em cima

E com as mãos em seu pescoço,

Perguntei:

Por que está me seguindo,

O que quer comigo?

A resposta foi imediata:

Calma, calma, calma...

Sou apenas a sua sombra

Tentando ser você com o pouco

Tempo de luz que tenho!

A partir desse dia passei

A desconfiar mais,

Pois descobri que sempre existirá

Alguém querendo se fazer

De algo com a luz que transmitimos!

Pergentino Júnior
Enviado por Pergentino Júnior em 14/04/2016
Código do texto: T5604918
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