Para viver um amor

Um estudo neurocientífico comprovou que mensagens, imagens e qualquer conteúdo só passa a ser registrado em nosso cérebro quando encontramos nele um significado/sentido. Ou seja, no final não precisamos ver para crer, porque a forma como vemos algo pode ser ignorada. Duas pessoas podem olhar para um mesmo conteúdo e perceberem coisas totalmente diferentes.

Logo desmitificamos o paradigma, onde na realidade precisamos crer para ver.

Nesse sentido partimos do pressuposto que isso reflete para qualquer tomada de decisão, postura política ou religiosa, realização de projetos, enfim, tudo que queremos ou podemos enxergar depende do quanto acreditamos no mesmo.

Falando de amor...

O amor é algo construído com o tempo, mas para ele se desenvolver o solo deve ser fértil, porque se não frutificamos ódio, intolerância, indiferença e não o amor.

Um solo fértil são os sentimentos que carregamos ao longo do tempo, que deveriam ser correspondidos, como: a parceria em momentos difíceis, a paixão (que mesmo que inconstante faz parte do projeto), a rotina, as transições de fases, as transformações de erros, condutas, o aprender a amar as imperfeições que insistem em não mudar e assim seguimos nesse caminho complexo que é o amor.

Chega um momento que o amor não implica somente em estar junto. Casais de 30, 40 anos juntos criam laços indestrutíveis. É pouco provável que mesmo existindo uma separação à essa altura, o amor acabe. Já é algo visceral.

Mas nem só de amor vive o homem.

Nem sempre o amor substitui outros valores pessoais que algumas pessoas tem. Eu pessoalmente acho um pouco bobagem essa visão, mas é meu paradigma. Eu acredito que estamos aqui nesse mundo por um objetivo maior, que é sermos felizes ao passo que somos menos frágeis, mais equilibrados, sábios, aprendemos a viver bem mesmo com dificuldades e aprendemos a ser felizes com pouco. E o amor é a escola para aprendermos a sermos pessoas evoluídas. Porque ele não é um sentimento que só consta felicidade, mas tristeza, tesão ou até medo. É uma provação, um sentimento completo. O que faz com que sejamos pessoas fortes. E pessoas fortes não caem por qualquer coisa. Temos que ser tão fortes, porque nesse mundo lidamos com coisas inesperadas como perdas, traições, mortes, doenças terminais, problemas políticos e enfim.

Ouso até dizer que o amor faz parte da nossa seleção natural,onde vive mais e melhor quem está disposto a aprender a amar e abrir mão de caprichos, vaidades e paixões.

O amor é intenso, mas para vivê-lo é necessário estar disposto, é necessário crer que ele é a melhor opção, é abrir mão do próprio ego, ser humilde e resistente para aprender.

O resultado é infinito, é indescritível e surreal. É ter um universo dentro do próprio peito.

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