Vivemos em armários

VIVEMOS EM ARMÁRIOS.

Aqueles que saem ou colocam apenas a cabeça de fora para tentar respirar, são alvo de críticas e muitas vezes esmagados pela falsa moral que envolve toda sociedade.

Pessoas que optam, nascem, mudam, escolhem, como queiram denominar, por sua relação afetiva ser com outra pessoa do mesmo sexo. Ateus, agnósticos assim como religiões e crenças que diferem do comum. Opiniões e/ou ideologias diferentes da do senso comum. Partidos políticos. Mulheres que lutam por sua ascensão e soltura das amarras machistas que ao longo da história se firmou. Negros, índios, deficientes, pessoas com doenças raras ou crônicas. Me vem muitos pensamentos com relação a esse armário em que vivemos. Será que dentro dele é o lugar de permanência? Será que fora lutaremos e conseguiremos o intento de mudar de ponta a cabeça todas as cabeças que "pensam" sobre essas pessoas em seus armários? "Saia do armário" um tanto pejorativo mas ao mesmo tempo desafiador. Será que sair do armário ou pelo menos abrir sua porta para respirar o que vem de fora, é uma boa idéia? Será que ficar dentro dele para sempre, irá ajudar a mudar o curso da história e de como as coisas podem evoluir para uma utopia? Questão que deixo para os "armairados" e os "livres". Que sua liberdade não prenda ninguém, e que sua prisão não deixe monstros a solta.

Jilton Lucena