Máquinas Imaginárias
Máquinas imaginárias produzindo ansiedade.
Tardes de trânsito trôpego e intenso
Meus pensamentos tropeçam na loucura
Uma engrenagem me acerta a alma
Sigo ferido em direção a próxima avenida
Esquina com o largo da república
Duas quadras adiante, número 112
A vida se perde em cada folego
Abrimos as torneiras da grana
Morremos afogados a cada compra vã
Perguntei ao guarda quem cometeu o crime
Ele sorriu e cuspiu no chão anotando uma placa
Carros seguiam para lugar nenhum
Placas não apontavam pra qualquer lugar
As luzes dos postes nos dão segurança
A casa espera com a cama e lençol
Meu banho é um formol