Máquinas Imaginárias

Máquinas imaginárias produzindo ansiedade.

Tardes de trânsito trôpego e intenso

Meus pensamentos tropeçam na loucura

Uma engrenagem me acerta a alma

Sigo ferido em direção a próxima avenida

Esquina com o largo da república

Duas quadras adiante, número 112

A vida se perde em cada folego

Abrimos as torneiras da grana

Morremos afogados a cada compra vã

Perguntei ao guarda quem cometeu o crime

Ele sorriu e cuspiu no chão anotando uma placa

Carros seguiam para lugar nenhum

Placas não apontavam pra qualquer lugar

As luzes dos postes nos dão segurança

A casa espera com a cama e lençol

Meu banho é um formol

Wendel Alves Damasceno
Enviado por Wendel Alves Damasceno em 02/03/2016
Código do texto: T5561604
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