Arte e Manha
Em 1938, Cecília Meireles foi premiada pela Academia Brasileira de Letras pelo seu livro “Viagem”. Mário de Andrade considerou que “a academia se valorizou, ao premiar Cecília, e que esta sacrificou a si mesma, inscrevendo-se no concurso, apenas para que a entidade pudesse ser elevada”.
Trata-se, portanto, da opinião de um grande artista que se vale da ironia para situar num plano superior a arte em relação a determinada entidade literária, normalmente o contrário do que estamos habituados a ter em conta.