Origem da Religião
O ser humano impõe os limites de sua visão nos limites do mundo.
As pessoas creem que a fé provém as respostas sobre a criação, associam a origem da religião na teologia, as práticas espirituais com o eterno e, a morte, como o elemento em torno da fundação religiosa. Os rituais e crenças de vida após a morte fornecem um alívio para o vivente.
Se analisarmos a religião, concluímos seu enraizamento no reconhecimento da sobrevivência contingente na morte de outros seres, um dilema sem solução.
À proporção que a sociedade crescia e com o surgimento da ética, essa contradição não pode ser encoberta. À medida que as pessoas se envolviam no cuidado com as famílias e as amizades, sacrificavam outros seres para prover sustento e proteger seus familiares, lidando com a percepção de sua necessidade biológica de matar outra criatura sensível, de um lado, criando a vida, e do outro, destruindo-a para manter sua sobrevivência, como parte de um processo do qual não podiam separar-se e, originando, então, um ritual que engloba nossa biologia, emoções, ideologias e, a noção de nossa própria mortalidade.
À partir daí, nasceu a religião, pois nossos antepassados agradeciam, ritualizando, os benefícios adquiridos com a morte da presa.
De modo desordenado, as regras e o condicionamento da modernidade, onde a religião é um instrumento retrospectivo reconhecendo o ser humano e seu esforço para sobreviver, sem validar o sacrifício de outras criaturas, separou a vida natural do ser humano do passado, perdendo o sentido especial do elo e a contingência entre os seres, quando nossos progenitores compreendiam, que, para se tirar algo, era necessário dar alguma coisa em troca, o que contradiz a prática do mercado livre, onde as pessoas não passam de elementos de eficiência para reduzir custos e aumentar lucros.