Estou igual, desde sempre...


Estou triste, entretanto sei que não deveria estar, porém, serei generosa, ainda sou Humana demasiadamente Humana (Nietsche), quer dizer, meu espírito ainda não é livre, ainda me apego a certas circunstâncias não esperadas ou desejadas que conseguem me deixar quase sem esforço para continuar e enfrentar o desafio de amar e ser amada.
Pergunto que movimentos são esses que se repetem e eu acabo no lugar onde eu sempre estive, sozinha...

Sozinha...

Sem bonecas e amigas
Na velha cozinha entre livros
Sem meu pai
Ao fugir sem amor
Com meus filhos
Sem meus filhos
Amando, desejando,
Esperando
Amando, desejando
Esperando...

Yvone Restom
22/15/2015

Que dor que me faz chorar, um choro que queima, entristece. Não vejo grandes saídas, vivemos um momento histórico onde tudo anda bem desarrumado ou sempre esteve. De um lado temos como proposta o amor livre, do outro, o romantismo, a emoção que propõe o sonho e, que eleva níveis de expectativas nada equilibradas, o que me coloca numa zona nada confortável. O medo se traduz em ansiedade. Frente a ela curvo-me já esperando o pior...

Preciso parar de dar e distribuir, assim, minhas bonecas...
Yvone Restom
Enviado por Yvone Restom em 23/11/2015
Reeditado em 23/11/2015
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