Da solidão do mundo
Não há solidão no mundo, mas apenas, a solidão do mundo.
Não somos sós no mundo, mas apenas estamos em um mundo solitariamente generoso.
Não existimos sozinhos no mundo, mas havemos de transpor a solidão do mundo.
Não vivemos isolados no mundo, mas germinamos da essência do mundo.
Não somos únicos no mundo, mas somos, como tudo, em um único mundo.
Não somos o que há de melhor no mundo, mas apenas, o que formos de melhor para o mundo.
Transpor a solidão do mundo é percorrer a maior distância íngreme e profunda da vida.
E o mundo é o encontro dos entes que se julgam capazes de eternizar a possibilidade do universo do Ser, Estar e Haver, através das instâncias e extensões do ser do Universo.
Não há solidão no mundo, mas apenas, o legado incrivelmente único na solidão do mundo.
(dfholanda, Aclimação, 08 novembro 2015)