LAMA MARIANA

Escorrendo
inclemente 
Devastadora, devorando 
Trabalho árduo,
vidas

Levando em torrente tóxica
Encosta abaixo cidade à dentro
Tantos, trecos, troços,
traços

Semeando sob sua amarronzada revolução
Sementes nascidas, plantas, famílias
Pardas
turvas malidicências

Tragédia combinada com o clima
Inexplicável, não previsão e plano
Ineficazes admistrações,
solidária salvação

A Natureza cobra o seu lugar 
Espalhando por quilômetros sua fúria
E ainda continua retomando espaços

Lástimas pedindo
orações
E agora lama Mariana
Como será?


Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 07 de novembro de 2015.
Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 07/11/2015
Reeditado em 11/11/2015
Código do texto: T5441412
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