Aquele toque...
Aquele toque... Aquele toque era suave como a brisa do mar, minucioso como um cirurgião em atividade e simplesmente perfeito aos meus olhos. Aquele toque... aquele toque era singelo e ao mesmo tempo tão cativante, tão belo, tão diferente, tão macio e tão rígido ao ponto de confundir completamente os meus sentidos. Aquele toque não era só um toque... aquele toque alterava a minha realidade de uma forma impressionante que só ele é capaz de alterar, ele queimava por dentro de mim e me congelava por fora, ele me enlouquecia de uma forma surpreendente... eu flutuava, eu me arrepiava, eu apenas fechava os olhos e sentia a perfeição daquele deslize, era tão calmo e intenso que eu não sabia nem o que fazer naquelas horas. Aquele toque... aquele toque era único... era capaz de possuir todos os sentimentos positivos que alguém possa ter, cheio de amor, amizade, alegria, afeto, afago, e claro, tudo acompanhado de uma olhar incandescente, de um sorriso perfeito e de uma aura fortemente encantadora. Mas acontece que... aquele toque... aquele toque me derretia completamente, aquele toque não podia ser apenas um ato de tocar como qualquer outro, aquele toque era imaterial, era abstrato, era intangível... aquele toque me deixava maluco, tão simples e tão diferente de qualquer outro tato... era uma viagem a cada deslize daquele dedos na minha nuca, dedos que iam da nuca até o meu peito e depois retornavam a minha face já rendida na força do momento. Ah! Aquele toque... aquele toque não era desse mundo, aquele toque só podia ser de uma Deusa Grega, de uma beldade inigualável, de uma beleza tão exótica e charmosa ao ponto de não existir outra igual no mundo. Na verdade, por mais que eu tente relatar o que eu senti naquele instante, eu acho que não serei capaz de
dizer tudo, porque à partir daquele momento tão prazeroso eu não consegui mais pensar em outra coisa... eu só penso naquilo... aqueles olhos brilhantes... aquele clima... aquele sorriso... aquele toque... Ah! Aquele toque...