Transgressor
 
   _Hoje caminho pelas ruas, anseio a beleza das flores o cântico dos pássaros, aspiro à brisa suave e o toque do sol na minha pele, deste jeito sigo com minha mochila nas costas a fim de encontrar um final feliz.
   _Imagens belas vagam na minha memória como fantasmas de um passado querendo assombrar-me, mas a beleza das flores que jaz em meus braços é muito maior do que o martírio do arrependimento, as experiências adquiridas ainda me fazem sorrir e chorar e nesta mescla, faz nascer em mim uma sensação de prazer que o tempo não pode me roubar.
   _Eternizei algo interior que pode desabrochar na ocasião certa, administrado com cautela, visualizo traços, conversas, sorrisos e desejos, que puderam ser vividos e ainda sobrevivem além do que pode ser explicado, adentrando outra dimensão que não posso peregrinar.
   _A esperança da colheita é acertada e das águas quais foram regadas a plantação é que irão fluidificar o sabor dos frutos futuros ainda não descobertos.
   _Sinto-me farto e realizado no que diz respeito a uma transgressão que pode me custar caro, mas quem pudera voltar se fui eu quem concebeu os filhos da minha imaginação?
    _Caminho pelas ruas levo-as comigo, sempre precisei fazer uma colcha de fuxicos diversos para me tornar alguém que não sou, alvo dos que me conhecem para se conhecerem, deste jeito me faço nada e tudo pela poligamia de amar a todas que me aceitaram do jeito que sou, transgressor.
Maurício de Oliveira
Enviado por Maurício de Oliveira em 24/10/2015
Reeditado em 28/07/2017
Código do texto: T5425841
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