Ais da moça...
Há muitas lágrimas escorregando pela face da moça
Ela sente tamanhas dores, parece levar o mundo nas costas
Dores da alma inquieta, cansada, angustiada
Dores por todo corpo que espalham-se a fazendo paralisar
Ela não quer entregar-se, ela trava grande luta
Olha-se no seu espelho interior, não aprovando o que vê
Quer arrimo, mas ao mesmo tempo isola-se
Quer colo, mas foge de qualquer toque
Quer ficar quieta no seu canto, olhos bem fechados, quieta
E quando aproxima-se das pessoas, não consegue calar suas
verdades
Sabe que não deve mais acumular suas tristezas e incomodos
Pois pagou caro por isso, adoeceu de forma trágica por tanto sufocar
Mas ao mesmo tempo quando expõe seus pensares, por vezes
condena-se por achar que devia ter calado
Está sendo um ano muito pesado, muito sofrido em muitos sentidos
e a moça está perdendo as forças
Sentindo que está fazendo tudo errado de novo
Mesmo sorrindo, brincando como lhe é de costume, por dentro
está tão machucada, tão revoltada, tão desacreditada em todos, até em si própria...
Não há mais sentimentos verdadeiros, não há mais pessoas que se importam, que queiram ajudar, que desejem ver as pessoas felizes; É um tempo de cada um por si e o resto que se dane...
Que mundo cruel é esse que vivemos... Que não é apenas essa moça que sente esse turbilhão de sentimentos não, são várias e sofrem muito... A mais verdadeira conclusão que se chega é que: O erro não está na Vida, não está no Mundo, não está no seu emprego, na sua família ou outro meio que você viva... O GRANDE ERRO ESTÁ EM CADA UM DE NÓS, porque não paramos para ver o que estamos fazendo com nossas vidas, reclamamos de tudo, mas não fizemos nada para mudar,
reclamamos do outro, o condenamos, mas quem deve mudar são os incomodados, os insatisfeitos e somos nós... Não estamos felizes em qualquer situação na vida, vamos mudar, lutar por o que queremos, todos temos o direito de sermos felizes...
A moça segue entristecendo muito, mas está travada e sentindo uma grande necessidade de largar tudo de vez e voar para outro lugar, onde ninguém a conheça, não saiba nada dela... E "recomeçar' do zero.. Quem sabe um dia consiga ser feliz de verdade... Quem sabe...
EScrevi ouvindo: Cristina Perri - Athousand Years