SEI LÁ!!

Algumas vezes me sinto muito só, perdida dentro de mim mesma. Estou buscando algo desconhecido, uma tristeza profunda corrói a minha alma e me sinto seca, vazia. Busco a Deus muitas vezes ao dia, ou dentro de dias. Sabe, é muito difícil a convivência nesse mundo. Algumas vezes fico imaginando tantas coisas, como, se Deus fez à nós sua imagem e semelhança, porque somos tão diferentes, cheios de preconceito e descriminação. A identidade de uma pessoa é um conjunto de características próprias e exclusivas onde pode acompanhar o indivíduo por toda a vida, acredito também que por alguma interferência o indivíduo é apto a mudança, onde suas características, conceitos sofrem alterações. Somos hoje coisificados, sempre queremos alguma coisa, que quando não conseguimos ter, as crises, os tramas e os transtornos.

Posso dar o exemplo do ouro, da prata e outros.... Nós seres deste mundo não fabricamos, é um fenômeno, mas o dinheiro não, nós inventamos, nós fabricamos. Como leiga posso dizer o que todos já sabem, criamos a discórdia, pois o poder sempre prevalece. Voltando, como Fabricamos uma coisa, que chamamos de dinheiro, onde tantas pessoas matam, morrem, sofrem com uma barriga vazia sem ter o que comer e onde dormi.

Uma palavra basta para levantar ou derrubar por inteiro , dar força, apoiar, fazer alguém se sentir bem e saber que ela é capaz de fazer o bem, imagina só, uma pessoa dizer que você desgraçou sua vida, da uma sensação de fracasso. Esta palavra machuca, abri uma ferida maligna, principalmente vindo de quem você ama. Acredito que cada um de nós tem suas escolhas, não sabemos o que vai acontecer. Quem não tiver pecado, quem nunca errou? Atire pedras, jogues com vontade. O sofrimento machuca, à falta pede uma presença.

Diante disso me encontro sobre um arsenal de princípios e cobranças, de como tenho que ser, como tenho que agir e me portar. E a minha personalidade, individualidade não vale de nada. Quando fiz a leitura destas primeiras linhas para minha filha ela me perguntou como posso escrever se não gosto muito de ler, escrevo o que sinto, só sinto vontade de escrever, adoro ler, assistir jornal, o que mais me atraí é a realidade, uma realidade cruel onde os nossos direitos são violados a todo momento, só existem em um pedaço de papel onde uma inclusão precisa ser escrita " INCLUSÃO" porque na verdade isso, não faz parte de nossa realidade, ainda. Sofrimento, angústia. O que vai ser amanhã?

Tenho um filho com 11anos e ele tem o diagnóstico de TDAH (transtorno de défice de atenção e hiperatividade), e transtorno opositor e desafiador, desde pequeno tudo foi muito difícil, inquieto, impulsivo. O que eu mais desejo é que ele tenha sucesso, sempre foi agitado, mais também amoroso e sincero, mesmo fazendo e tendo consciência que está fazendo errado, assume seus erros sem medo, e eu, tenho medo por ele não ter medo. Sou julgada todos os dias, por tudo, por todos.

Recebi um email de uma pessoa muito especial, que perguntava se eu estava bem. Respondi:

Eu acho, não sei.

Pode ser!

Algumas vezes não me sinto feliz, outras, realizadas.

Nesse momento me sinto TRISTE, não sei porque.

Algumas vezes eu sinto que falta alguma coisa. E essa coisa me atormenta. Aí......

Eu recorro aos refúgios, como ler um pouco, dar uma volta, escrever. Ultimamente sinto necessidade de escrever, pois quando escrevo arranco de dentro de mim coisas que me afligem, que me alegrão e até o que não existe

"só em meus pensamentos" esses dias estava dirigido, passando pela avenida caxaga, e veja só que absurdo...se eu nascesse com vocação para política, eu iria ser uma política frustrada, pois desde pequena nunca fui de agradar a muitos, acredito que teria o voto de minha mãe, e mesmo assim não tenho certeza, não imagino quem poderia votar em mim. Pois é. Essas coisas.

Para que tenho que agradar se eu posso ser eu mesma, e ser eu mesma, não agrada? não quero ter um rótulo. O ser humano poderia ser mais simples e aceitar, o outro como ele é, com suas virtudes e defeitos, afinal ninguém é perfeito. Aí é onde chego a me preocupar....e as perguntas surgem em minha mente como um tsuname, devastando meus sentimentos, meu íntimo. Por que eu?

Será mesmo que me conheço, eu acho que sou uma coisa e fazem de mim perante uma sociedade outra. Será mesmo que sei quem eu sou, faço uma sindicância em mim mesma e me acho legal. E a minha individualidade? Minhas opiniões, meu direito de ir e vir?

As pessoas em geral querem que você pesem como elas e não respeitado opinião e individualidade, gosto e cuido bem de animais, adoro minhas plantas, sou generosa, sinto pena ao ver injustiça, sempre sirvo quando alguém precisa de mim e blá blá blá, sei que não é cordial e acho até prepotência falar de mim mesma, mais, quem poderia falar?

Moro em um condomínio fechado onde só mora família e detalhe, não falo com ninguém, isso assusta, não acha? E me da uma sensação de injustiça, medo. Mais desde pequena foi assim muito doloroso, desafios constantes.

Minha mãe....eu posso comparar minha mãe com uma cigana, uma guerreira, sem medo de enfrentar o que vem pela frente, ela já foi morar em duas ilhas na Amazônia, em São Paulo na cidade de Ribeirão Preto, ficamos eu e meu irmão a maior parte sob os cuidados de minha avó. Acredito que algumas pessoas nascem marcadas, ou seja, com um destino marcado, pessoas passam por nossas vidas e nos marcam, nos marcam com grandes feridas ou grandes saudades. Saudades eternas de minha avó, quantos conselhos. Me lembro como se fosse hoje ela contando histórias do meu avô, da sua arte para escrever, dos idiomas que falava, o violino que soava ao entardecer na varada de nossa casa, e uma enorme curiosidade. Conhecê-lo profundamente. Entrar dentro de seus pensamentos, desci as escadas correndo, fui a biblioteca onde estava seus escritos, guardados com muito cuidado, comecei a lê e me apaixonei, foi incrível, como era sábio, como sabia lidar com as palavras perfeitamente. Quando comecei a lê seus poemas, comecei a sentir sua dor pelos momentos difíceis, o amor e a perda. A satisfação que sentia pela vila da fábrica e suas ladeiras quando subia voltando para casa, pois ele detalhava em seus escritos, com rima e prosa cada passos seus. Minha avó se foi, só ficaram as lembranças, as fotos, muitas conversas e bastante risada.

Domingo foi dias dos pais e demonstrei meu apreço por um homem que fez parte de minha história e me ajudou a crescer fisicamente, espiritualmente. Ele não tem noção do que fez comigo, e a primeira coisa, foi um filho, um filho que tanto desejei, pois esse menino me ensinou e me ensina o mistério da vida, me devolveu a vontade de viver, com ele aprendi a ter esperança, a ser uma mulher, a lutar, e principalmente a ser mãe, mais acima de tudo ele me fez conhecer melhor a Deus, ele me fez buscar melhorias espirituais, pois essa criança que concebi é especial e hoje eu tenho plena certeza que ele veio para minha evolução, me vejo, antes de Luiz neto e depois de Luiz neto.

Deixei uma mensagem no facebook, que dizia assim:

Nada acontece por acaso.

Não foi por acaso.

O senhor sabe de tudo, isso....não se descute. Eu Gabriela Monteiro te agradeço por tudo, principalmente por nosso menino, só nosso. Isso ninguém tira. Feliz dias dos pais. Meu amor por você não é carnal e sim um amor de coração, de alma. Vc é tudo pra mim. EU TE AMO LUIZ ALVAREZ. Não me preocupo se alguém entenda, não me preocupo se alguém fale. Nossa relação é a melhor e você sabe disso, tanto cuida do nosso filho, como quando cuida de mim.

A palavra infelizmente....eu posso dizer FELIZMENTE, felizmente...hoje eu entendo que não nascemos para vivermos juntos, nascemos para ter uma ligação espiritual de crescimento, aprendizagem, pois a evolução não só acontece após a morte. O espírito evolui durante vida. As pessoas passam por nossas vidas......algumas passam, e outras permanecem. Por isso não acredito no acaso.

Sou grata infinitamente, pelos cuidados, pela atenção e principalmente por está comigo nos momentos de aflição, por ser a luz no fim do túnel. Você sabe que não faço questão de estar com você em datas comemorativas, faço questão sim, do seu companheirismo, de sua amizade, e de sua presença em nossas vidas diariamente.

Sinta-se abraçado.

Que Deus ilumine você meu amor, que quando você bater.....todas as portas se escacarem. Bride, dance, mude e inove, você merece tudo, tudo e muito mais.

Cordialmente

Gabriela Monteiro

Hoje dia 14.09.2014 pensei muito em relação a natureza humana, a evolução, como um ser humano pode ter tanta maldade em seu coração, uma alma pesada, carregada de tantas negatividades. Falta de oportunidade? Falta de criação? Fico revoltada com tanta criminalidade, gerando o pânico.

Hoje tenho medo de dirigir pois meus pensamentos voam longe, o fato é que quando vejo já estou em um lugar, cheguei no destino, o carro e meu cérebro vai no Japão, na França , da volta ao mundo. Vi em câmera lenta pessoas andando nas ruas de um lado para outro. O mundo....e eu ali. Pra onde vão?

O que estão fazendo? O que estão pensando? Maisssss na verdade eu não queria está ali e sim no Deserto do Saara.

Certa vez chegando em carne de vaca senti uma cheiro de fumaça, mais era um cheiro de fumaça diferente, uma fumaça gostosa, não sei explicar, e aos lados aquelas casinhas simples, humildes onde me da sensação de paz, como se já estivesse ali, como se já fizesse parte daquele lugar, e isso acontece geralmente que passo por lugares semelhantes. Como se já tivesse feito, visto, vivido aquela vida antes e um sentimento bom de saudade, vontade. Algumas vezes chego até a imaginar que nasci na família errada, mais se eu não acredito no acaso, como posso explicar. Se alguém me perguntar de que tenho inveja? Sinto sim, quando passo por lugares assim. O desconhecido trás medo.

Desde que meu pai faleceu, eu nem ao menos me despedi, uma falta ficou em mim, sonhei com ele pela primeira vez e foi uma delícia, uma harmonia, bonito como sempre foi, só me olhava. Fui até ele e lhe dei um forte abraço, um abraço de paz, de amor e calado ele ficou, com um semblante maravilhoso, e eu disse baixinho no ouvido de papai, se existir outra vida, quero ser sua filha novamente. A falta continua, mais agora é diferente. Quando acordei fiquei um pouco assustada. Será que chegou minha hora e ele veio me buscar? Ou será que nós dois precisava-mos deste momento.

Gabi Monteiro
Enviado por Gabi Monteiro em 20/08/2015
Reeditado em 30/08/2015
Código do texto: T5353201
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.