Como uma mágica...
"A lua surgia ainda tímida, como que esgueirando-se entre as árvores para ver o que seus filhos Yawalapíti faziam, quando a última dupla de flautas desfilou em frente ao centro e se foi. Como uma mágica, todo o colorido do dia desapareceu e a aldeia voltou a aquela calma constante, as crianças correndo e as senhoras sentadas, agora descansando, nas portas das malocas, alguns índios indo para o banho, como eu, que hoje muito cansado esperando ter feito um bom trabalho.
Já é noite quando escrevo, aos olhos de uma lua brilhante que ilumina toda a aldeia.Agora, já não se vê o fogo do roçado, mas ainda de ouve o som do jaó e de algumas outras aves noturnas como o caburé e a coruja. O resto é silêncio e luar, um céu muito claro que abraça esta aldeia com muita força, trazendo saudades de casa quando também lá, festejamos a lua cheia tomando um vinho tinto em família."