A sociedade

Ontem eu estava assistindo uma entrevista com o criador do www(world web wide), eu ele falava sobre pessoas seguirem padrões que lhe são dados sem questionar, a forma de governo, ensino, a net, tudo esta padronizado por aqueles que dão forma ao que se consome. O modelo de internet hoje usado é de 1973, o modelo de ensino é mais velho que isso, segundo as palavras dele (pena que não lembro o nome dele), mas concordo plenamente com ele, nossa sociedade é feita para ser manipulada e segue bem esse curso pois aceita tudo o que lhe é dado.

Veja, a religião nunca sofreu grandes mudanças, tanto no mundo como aqui no Brasil, todos seguem um modelo teológico que no mínimo é ultrapassado, alias tudo é ultrapassado, com raras exceções como o Google (que na realidade só tornou as coisas praticas) ninguém toma atitudes de risco, mudar é um risco, adaptar-se a novas idéias é mais difícil ainda, pois envolve o compromisso de admitir que se esta em um modelo de comportamento ou ação que não são mais validos, o ser humano tem uma dificuldade quase infinita de negar os próprios erros. Mudar é admitir que se esta errado de uma forma ou de outra.

Esse mesmo cara (o do www), ainda destaca que o ensino sofre com essa falta de renovação em sua concepção, alguém ainda pergunta o por que dessa afirmação e ele defende a idéia de que não se aprende nada na escola, infelizmente uma grande verdade, ele sita que na América existem pessoas diplomadas que servem lanches no Mc Donald, o que de sertã forma reflete essa falta de adição por conta da escola formal.

Pessoas entram e saem de escolas ou universidades e não as torna capazes de absolutamente nada, e por que? Simples, em uma escola não se ensina ousadia e empreendimento, uma escola não capacita alguém a criar, nem tão pouco a acreditar, ai teríamos a religião detendo essa função de estimular as pessoas a crerem o que na pratica também não ajuda, afinal a religião conduz a fé para onde interessa, o mesmo local que nas demais instituições, a manipulação.

A banda Pink Foyd retrata bem essa manipulação do ensino no Opera Rock The Wall, muita gente vê esse filme como uma viagem alucinada de L.S.D, e com isso deixam de ver o obvio, uma critica muito bem elaborada não só ao ensino mas a sociedade como um todo que começa a ser moldada na escola para tornar-se produto lucrativo em sua vida de futilidades de consumo.

Claro que os detentores do poder (seja governo ou qualquer outra intituiçao), não tem interesse em mudar esse quadro, o padrão social de comportamento nos torna como as pilhas de carga da Matrix, geradores daquilo que os grandes precisam. Não importa onde formos e a quem recorremos, tudo esta contaminado com uma forma de comportamento onde as celas são intocáveis os limites elásticos, a suave transição de formas de controle sejam elas Net, TV, Jornal ou qualquer tipo de mídia, tudo esta podre e falho, pois todas vão de encontro aos interesses de uma pequena parcela de “senhores” que preferem manter-se intocáveis em suas articulações.

Acreditamos sermos livres, mas como os que habitam na caverna o temor e a falta de atitude nos impele a sermos parte da massa que se move de um lado para o outro formando o alimento dos reais dominadores daquilo que chamamos de sistema. Poucos tem questionado isso e ao perceberem a inutilidade de seus atos o isolamento parece ser a atitude mais sensata, afinal sempre parece um caminho em uma estrada escura onde o que questiona esta na contramão. Contramão ao que?

Ao padrão, a aceitação geral do que se forma em segredo na mão dos jogadores, nós outrora chamados de peões em chacotas não passamos dessas peças tão simples e complexas da representação humana. Não faça isso, não toque aquilo, compre isso, deixe assim, veja isso, aquilo é bom, isto não é, beba, experimente, sinta, voe, faça, tome, rebele-se, alinhe-se, isso é, isso não é, padrões, padrões, claro existe um elo social de ética que é bem aceito por todos, que na pratica é mais um sonho bizarro como qualquer outro de integração,Nirrod em sua visão revolucionaria tentou, algo mais extraordinário que a maioria.

Pessoas como Steve Jobs, Amadeus, Einstein, Darwin e um infindável numero de pessoas que foram chamadas de gênios nada mais eram que pessoas insubordinadas ao sistema e tal qual como o personagem libertador Mopheus insistiram em sua fé, com isso nem sempre foram felizes mas fizeram exatamente aquilo que todos chamaram de loucura.

O hipertexto é uma loucura desse criador do www, assim como a idéia www foi uma loucura. Mudanças são loucura, atitudes recheadas de sonhos libertadores são loucura. Jesus foi um louco, fugir de padrões é loucura, diria alguém: “Seria possível mudar de forma aceita?” Claro que não, Fernando Collor de Mello foi um louco, mudou nossa economia e sociedade e qual o sentimento geral para com aquele que nos proporcionou celular, carros decentes e computadores? A resposta esta na boca de qualquer um, pessoas são míopes e sofrem de astigmatismo, mal podem ver o que esta diante de seus olhos e quando o fazem é seguindo um padrão que lhes foi dado.

A saúde mental esta ligada diretamente ao quanto pode-se obedecer.

O quanto se pode dizer: - Sim...

Fala-se muito de Hitler, existe um Hitler em cada ação de mercado, em cada articulação política, na igreja, no bairro, difícil é a identificação, somos feitos para não ver aquilo que não desejam que seja visto.

Não a toa o nome de um libertador moderno é Neo, a novidade liberta, mas como disse o mentor desse:

- Primeiro você tem que estar completamente livre do medo.