Dragão do Fogo

O dragão batia suas asas...

Voava, sobre nuvens espessas

Rompia a inércia dos ventos

Espalhando o magnetismo preso

Via, entre olhos ágeis

O princípio e o fim de tudo

Aspirava o ar frio das alturas

Expirava o ar quente entranhoso

O dragão articulava suas asas...

Planava entre sóis e luas

Movia os ventos e fazia sentir

A força de asas tão delicadas

As esferas de seus olhos

Refletiam o começo e o fim

Das alturas alcançada nos vôos

Infinita em voar assim

Pairava na travessia do tempo

Queimava, num sopro, a matéria

Etérea, que ficou para trás

No calor de sua combustão